Um final de semana de emoções antecipadas, proporcionadas pelos dois maiores clubes de Alagoas. Enquanto o Clube de Regatas Brasil esteve perto de vencer o Ceará, em Fortaleza, no duelo do Castelão, o CSA surpreendeu o Ituano no interior paulista, não apenas vencendo, mas, estabelecendo uma boa vantagem que encaminhou sua classificação para o Brasileiro da Série C, já que vai entrar em campo no jogo de volta do mata-mata, em casa, podendo até perder para avançar.
CEARÁ X CRB
Quando entrou em campo na maravilhosa cidade de Fortaleza, na última sexta-feira, o CRB não enfrentou apenas o conhecido adversário alvinegro. Teve também que conviver durante os 90 minutos com uma arbitragem confusa e extremamente ‘caseira’, já que a atuação do senhor Álisson Furtado acabou prejudicando o time alagoano.
Não se trata de desonestidade. Absolutamente não! O que ocorreu com o arbitro de Tocantins foi o seu comportamento de juiz que marcou faltas contra o CRB, deixando de marcar outras, cometidas pelo time cearense, iguais e até mais violentes, caracterizando o que há bastante tempo convencionamos chamar de ‘arbitragem caseira’.
Até na hora da expulsão do volante Somália ele exagerou, já que o jogador do CRB tentava apenas dificultar uma cobrança e merecia apenas uma advertência verbal. Nada mais que isso.
Talvez, a falta de experiência do sr. Álisson Furtado, em jogos importantes, tenha colaborado com sua atuação. Se não teve nenhuma influência no placar, desnecessariamente, deixou o CRB com um homem a menos na maior parte do 2º tempo.
Como relação ao jogo, o CRB começou levando pressão, equilibrou em seguida para fazer 1 x 0, esteve perto de fazer 2 x 0 até sofrer o empate na última bola do primeiro tempo. Sentiu a ausência de Galdezani, como vem sentido o afastamento de Olívio, mas soube levar o duelo até o final para marcar um valioso ponto que lhe mantém entre os melhores da Série B.
Vai enfrentar o Oeste/SP na próxima terça-feira sem poder escalar o artilheiro Zé Carlos e o volante Somália. Terá o retorno de Galdezani e a oportunidade de vencer, o que não ocorre há exatos quatro jogos.
CSA SURPREENDE O ITUANO/SP E ENCAMINHA CLASSIFICAÇÃO
Em nenhum momento do jogo realizado na tarde de ontem no Estádio Novelli Júnior o CSA correu risco de ser derrotado pelos donos da casa. Jogou com inteligência e qualidade técnica para vencer, foi prejudicado pelo árbitro na anulação de um gol de Obina, no mínimo discutível, e foi realmente superior nos dois tempos.
Gostei dos laterais Denílson e Rayro, de Panda, Bismarck, Cleiton, Marcos Antonio, Obina e do restante da equipe, para ser justo. O Ituano jogaria 200 minutos e não venceria o time azulino. Vale destacar o trabalho do técnico Oliveira Canindé. Seu time não demonstrou em nenhum instante que estava jogando fora de casa. O CSA não teve receio do adversário nem medo de ser feliz.
Quando abriu o placar com Bismarck, depois de uma brilhante participação de Rayro, o representate alagoano já apresentava um melhor rendimento. Depois, com o 2º gol, após uma jogada inteligente de Cleiton, Obina ‘fechou o caixão’ do Ituano. O gol dos paulistas, marcado pelo grandalhão Marcão, praticamente na última bola, contou com um toque na trave antes de entrar, tirando qualquer possibilidade de defesa para o goleiro Jéferson.
No segundo e decisivo jogo que será realizado no Rei Pelé, domingo, dia 04 de setembro, o CSA terá um reforço de assustar qualquer adversário: A NAÇÃO FANTÁSTICA AZULINA ‘fungando no cangote’ do Ituano. Acredito, sem faltar com respeito ao time da bela cidade de Itu/SP, que o CSA tem mais de 70% de chances para avançar.
Porém, como costumo escrever e falar, ‘ o jogo é jogado e o Lambari pescado’. Apesar disso não vejo nenhuma possibilidade do futebol alagoano perder essa vaga na Série C para o Ituano, e, por extensão, para o poderoso futebol de São Paulo.
Só para lembrar aos pessimistas: O Azulão joga pelo empate e pode até perder pelo placar de 1 a 0 que, mesmo assim, conquista o tão sonhado acesso para a Série C do ano que vem. Em caso de derrota por 2 a 1, a vaga na terceira divisão será decidida por pênaltis.
Textos de Arivaldo Maia
