No Uruguai, ex-chefe da Conmebol pode pegar até 15 anos de prisão
   29 de dezembro de 2015   │     0:02  │  0

O uruguaio Eugenio Figueredo mandou no futebol da América do Sul por muito tempo (Foto: www.bbc.com)

Preso na Suíça há algum tempo, envolvido nos escândalos de corrupção que cercam a Fifa desde maio, o uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol e ex-vice da Fifa, chegou a sua terra natal no último final de semana para ser julgado pelos delitos fiscais que lhe foram imputados. Extraditado para responder à lavagem de dinheiro, o dirigente pode pegar de dois a 15 anos de prisão.

Assim como fez com Nicolas Leóz durante boa parte do ano, quando evitou a extradição aos Estados Unidos alegando problemas clínicos e dependência de tratamento médico, a defesa pretende usar o mesmo argumento da idade para manter Figueredo em prisão domiciliar perto de Montevidéu, em uma de suas propriedades que não foi confiscada pela Justiça.

O voo que trouxe Figueredo a Montevidéu, procedente de Zurique, mas com escala em Madri, chegou ao aeroporto por volta das 11h30 (horário local) e, na sequência, o ex-mandatário já foi encaminhado a um tribunal. Processado por lavagem de dinheiro e fraude fiscal, o uruguaio pode até ser beneficiado frente à Justiça por ter mais de 70 anos.

Presidente da entidade que coordena o futebol sul-americano por 20 anos, entre 1993 e 2013, Figueredo também assumiu a frente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entre 1997 e 2006. Vice-presidente da Fifa durante parte da Era Blatter, teve a extradição pedida também pelos Estados Unidos, mas veio ao Uruguai como prioridade por se tratar de sua terra natal.

Diferentemente de Figueredo, o presidente licenciado da Conmebol, Juan Ángel Napout, e o ex-dirigente Nicolas Leóz, presos recentemente na Suíça, foram extraditados aos Estados Unidos e responderão às investigações na corte norte-americana, como os casos de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, e Jeffrey Webb, ex-mandatário da Concacaf.

Blog com Terra Esportes