Eurico derruba copo e chama Sul-Minas-Rio de imoral
   18 de outubro de 2015   │     0:04  │  0

Eurico Miranda criticou a criação da Liga e disse que o Vasco participaria se fosse chamado

Eurico Miranda criticou a criação da Liga e disse que o Vasco participaria se fosse chamado

Convidado a colaborar com a CPI do Futebol, no Senado, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, não poupou críticas à criação da Liga Sul-Minas-Rio, competição encabeçada por Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG e prevista para ser disputada já em 2016. Em seu longo depoimento, que teve até copo d’água derrubado pelo dirigente, Eurico disse que a competição é ilegal e imoral.

“Há 50 anos estou militando no futebol e eu nunca vi nada tão ilegal e tão imoral. Ilegal porque está no estatuto do torcedor e é lei, obrigando que você aprove e publique um calendário para o ano seguinte. De repente, aparece alguém ou alguns dizendo: ‘Não é isso, é aquilo’”, disse na sessão da CPI, presidida pelo senador Romário (PSB-RJ).

Eurico disse que a competição prejudica os clubes pequenos e que o Vasco não participaria, caso fosse convidado.

“Imoral porque é algo que prejudica os terceiros. A mim não prejudica nada, muito pelo contrário. Se eles me chamassem para participar, eu diria que não vou. Porque eu vou prejudicar inúmeros outros clubes (pequenos)”, completou.

A liga é formada por 15 clubes: América-MG, Avaí, Atlético-MG, Atlético-PR, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Flamengo, Internacional, Joinville, Grêmio e Paraná. Destes, 12 participarão da primeira edição, programada para acontecer em fevereiro de 2016.

Enquanto mostrava documentos com contratos de competições como o Campeonato Carioca a Romário, Eurico Miranda derrubou um copo d’água e molhou todos os papéis.

Na semana passada, a CBF, após encontro do executivo da Liga, Alexandre Kalil e do presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, deu aval à competição. Logo em seguida, o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes (aliado de Eurico) e da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto intensificaram oposição ao torneio.