Dirigentes evitam responder sobre CBF e pedem união entre os clubes
   1 de outubro de 2015   │     0:03  │  0

A CPI do Futebol recebeu na última terça-feira (29) dois presidentes de federações estaduais de futebol para uma audiência pública. Rubens Lopes, da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), e Castellar Modesto Guimarães Neto, da Federação Mineira de Futebol (FMF), defenderam a união entre os clubes para superar os problemas financeiros.

Os presidentes foram questionados pelos senadores a respeito das atividades da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que é o foco da atuação da CPI. No entanto, evitaram dar respostas diretas e conclusivas.

“Não sei de nenhuma irregularidade da CBF e não conheço nenhum fato específico que possa agregar às investigações desta comissão”, disse Guimarães, respondendo a um questionamento do presidente da CPI, senador Romário (PSB-RJ), que indagou aos convidados se saberiam apontar irregularidades na entidade.

O vice-presidente do colegiado, senador Paulo Bauer (PSDB-SC), quis saber se a CBF consulta as federações estaduais a respeito da escolha dos locais para jogos da seleção brasileira. Os contratos de organização de amistosos do time nacional estão entre os alvos da CPI do Futebol.

“Isso é prerrogativa exclusiva da presidência da CBF. As federações não têm nenhuma participação. Nunca fomos consultados”, afirmou Lopes. O presidente da Ferj opinou que as federações não deveriam mesmo participar desse processo, porque, para ele, acomodar os interesses de 27 estados seria “um inferno”.

Bauer também perguntou sobre os repasses financeiros da CBF aos estados e sobre uma possível influência da cúpula da entidade no resultado das últimas eleições internas, por meio de “abuso de poder econômico”. Lopes e Guimarães também negaram conhecimento. O presidente da Ferj disse que os repasses de verbas estão discriminados no balanço da federação, mas não mencionou valores, e o mandatário da FMF observou que uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) o impede de falar publicamente do assunto.

 

Blog com Agência Senado