O empate do CRB com o Boa Esporte deixou uma lição que o jogador profissional tem obrigação de aprender em qualquer situação. O lance que motivou o empate, quando a vitória estava praticamente assegurada, mostrou que o caminho escolhido por Olívio foi totalmente errado, apesar da sua competência comprovada como jogador de contenção.
Sob pressão do adversário nas proximidades de sua área, mas com posse de bola, o correto é “chutar para o mato porque o jogo é de campeonato”, como diz uma velha expressão popular, em qualquer situação de perigo. Olívio fez exatamente o contrário, ao retornar para sua própria área.
Apesar disso, ainda tinha a última opção de jogada naquele momento, que era provocar o escanteio. Neste caso, dos males o menor. Ao seguir tentando proteger a bola, foi desarmado na cara do gol. Sua tentativa desesperada de recuperar a posse da bola resultou na penalidade que impediu a vitória do CRB.
Por se tratar de um jogador experiente, dedicado e respeitado, sua ação foi inexplicável. Claro que os zagueiros também poderiam ter participado diretamente da jogada naquele momento. Gabriel, Daniel Marques e Audálio até levaram um “puxão de orelhas’ de Mazola júnior, durante sua entrevista coletiva. O técnico isentou Olívio, reclamou da falta de cobertura no lance, e creditou o gol ao time inteiro.
A atitude de Mazola, no meu entendimento, foi mais para amenizar a pancada que o volante sofreu. Sua saída de campo, sob proteção dos companheiros, foi importante. Parte da torcida também colaborou, gritando seu nome. Por fim, é bom lembrar que sua infelicidade no lance que resultou no gol de empate, não supera os efeitos positivos do seu desempenho no CRB.
Agora é esquecer e buscar um bom resultado na noite de amanhã no duelo contra o Santa Cruz. Neste momento não dá para comparar o CRB de Alexandre Barroso com o CRB de Mazola Júnior. O time sob o comando atual transmite mais segurança para seu torcedor, tem um posicionamento bem melhor dentro de campo e uma boa pegada nos dois tempos do jogo.
Leandro Brasília melhorou o seu rendimento, já que com o treinador anterior não estava agradando. Sua posição em campo com Mazola é outra, e seu futebol também. Zé Carlos melhora sensivelmente a cada jogo. Está mais calmo e fazendo muito bem o seu papel no ataque do Galo.
Clebinho não vem repetindo suas boas atuações, mas é um excelente jogador. Precisa melhorar, já que na sua posição não faltam concorrentes.
A expectativa da torcida é com Cañete, Isac e Danilo Bueno, jogadores que deverão ganhar oportunidades nos próximos jogos, sem esquecer Gérson Magrão, quase no ponto ideal de preparação física para voltar.
Acredito que o CRB fará uma campanha com grandes vitórias nesta temporada. A manutenção da sua preciosa vaga no Campeonato Brasileiro da Série B será um grande presente para o futebol alagoano. Mais que isso, por enquanto, é conversa para ‘Boi Dormir’.
Texto: Arivaldo Maia
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Arivaldo, no Brasil se fala muito sobre a troca de treinadores, e fazem as trocas de treinadores sem que os mesmos tenham os jogadores que eles pedem. No entanto, se observar, O Alexandre tinha um time que não vinha correspondendo, mas a diretoria do CRB preferiu dispensá-lo do que dá a ele os jogadores que ele precisava ou pedia! Trocou o treinador e, de imediato, com ele chegou outros jogadores! Não seria, no caso, o Alexandre ter os jogadores que o CRB contratou? Será que o novo treinador faria um bom trabalho com os mesmos jogadores que o Alexandre tinha? No Brasil é assim, o treinador pede e não á atendido, dispensa o treinador e contrata outro e com ele contratam outros jogadores!