Balanço é reprovado, e Odílio Rodrigues deve ser expulso do Santos
   27 de junho de 2015   │     0:02  │  0

O ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, pode ser excluído do clube após "gestão temerária"

O ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, pode ser excluído do clube após “gestão temerária”

O Conselho Deliberativo do Santos reprovou de forma unânime o balanço financeiro do clube referente a 2014. Os 231 membros presentes seguiram o parecer da Comissão Fiscal do órgão e sequer foi necessária a votação individual ou nominal. O grupo da antiga gestão tem agora o prazo de cinco dias para apresentar defesa. Caso isso ocorra, uma reunião será convocada para reavaliar a situação.

O principal prejudicado com a reprovação é o ex-presidente Odílio Rodrigues, responsável direto pela gestão que entregou o clube com um déficit aprovado de R$ 58,9 milhões. Um prejuízo de R$ 18,3 milhões, em comparação com o balanço de 2013.

Antes mesmo da votação, alguns conselheiros que tiveram o direito a discursar já avisaram que vão exigir a responsabilização civil de Odílio pela “gestão temerária” mediante a uma ação judicial. Atual mandatário, Modesto Roma Jr. não descarta a ação e diz que vai seguir a orientação da Comissão de Inquérito.

A empresa Parker Randall foi responsável pela auditoria do balanço que apontou diversas irregularidades. O documento questiona a relação do Santos com o grupo de investimento maltês Doyen Sports. Os R$ 43 milhões gastos na contratação de Leandro Damião são bastante abordados, além de casos de desrespeito ao estatuto do clube em algumas manobras financeiras.

“Não é necessário ser um expert para ver uma situação grave e problemática do clube. É incrível que as mesmas ressalvas que foram feitas em 2013, falta de controle no contrato com a CSU, de receitas nos contratos junto a parceiros. A gestão anterior teve um ano para corrigir essas falhas e nada foi feito. O Comitê de Gestão anterior, dito tão competente, não tomou uma medida. Hoje, estamos em uma situação caótica e problemática, isso denota gestão temerária, incompetência nas ações do nosso clube. Não temos ativos suficientes para cumprir com as nossas obrigações”, discusou Márcio Quixadá, um dos seis Conselheiros a falar antes da votação. Nenhum deles defendeu a aprovação do balanço.

 

Blog com Gazeta Esportiva