“Mágoa zero. Não gosto de despedida, mas fiz isso (entrevista) como uma prova de agradecimento pela oportunidade que me foi dada pela diretoria, pelo trabalho e convivência com todo mundo”, discursa o treinador. “É uma passagem importante, que me engrandeceu muito profissionalmente”, completa.
Deixando o Tricolor na quinta posição do Campeonato Carioca, fora da zona de classificação às semifinais, Cristóvão foi sacado após dois tropeços seguidos no estadual. Apesar de falar em “imediatismo”, ele diz sair pela porta da frente e vê o Fluminense no caminho certo.
“O Fluminense encontrou o caminho e agora precisa trilhá-lo. Tudo vai exigir bastante”, prevê o técnico, que foi demitido três meses após ter estendido contrato. “Fiquei muito feliz quando renovei, porque achei que já fugia desse hábito do futebol brasileiro. E mais motivado ainda pelo processo de reformulação, que exigiria muito tempo, motivação, trabalho”, lembra.
“Sabíamos o quanto que era importante pra que tudo desse certo. Agora estamos vivendo a vida real no futebol. O futebol tem essa coisa do imediatismo, do resultado, cria-se esse ambiente e a diretoria preferiu assim. É normal”, entende.
Foram 56 partidas à frente do Fluminense, sendo 28 vitórias 11 empates e 16 derrotas. O aproveitamento de 57,5% não seria de todo ruim em um clube com sérios problemas financeiros e que perdeu vários jogadores no início do ano. Ainda assim, Cristóvão deixa o clube.
“Houve uma mudança de realidade. Nós tivemos que fazer outro time, com jogadores que observamos. Mais barato, mas de qualidade. Acredito que a equipe está no caminho certo e conseguirá êxito”, aposta o agora ex-treinador tricolor.
Blog com Gazeta Esportiva
