Conmebol congela premiações e gera insatisfação nas equipes brasileiras
   21 de março de 2015   │     0:01  │  0

Inúmeros atrativos fazem da Libertadores a competição mais cobiçada dos brasileiros. Curiosamente, a premiação não é um deles. Pelo segundo ano seguido, os valores dados pela Conmebol às equipes serão os mesmos. O campeão poderá ganhar, no máximo, US$ 5,1 milhões (cerca de R$ 15,81 milhões), ou US$ 5,3 milhões caso tenha disputado a fase prévia. O vice leva US$ 3,8 milhões. As cotas são consideradas insuficientes pelos clubes do Brasil, e os cartolas planejam pressionar a Confederação Sul-Americana para que no próximo ano os prêmios cresçam.

Na Liga dos Campeões, correspondente europeu à Libertadores, uma equipe que participe da fase de grupos, mas seja eliminada, sairá com pelo menos €$ 8,6 milhões do bolso (R$ 28,38 milhões), praticamente o dobro do que ganha o campeão na América do Sul. A comparação fica ainda mais gritante quando a premiação para o campeão do Velho Continente é considerada: €$ 37,4 milhões (cerca de R$ 123,42 milhões). Mesmo levando-se em conta as diferenças do mercado entre Europa e América do Sul, o objetivo é agir em conjunto para que o valor tenha um acréscimo considerável já na próxima temporada.

Além de oferecer uma premiação bem mais gorda, a UEFA também divulga quanto ganha de seus patrocinadores, além dos valores dos direitos de transmissão de cada competição e a fatia que é destinada aos clubes. A Conmebol não tem essa prática. No caso da Liga dos Campeões, o faturamento da entidade europeia é de €$ 1,34 bilhão, dos quais 75% são destinados aos clubes. Ou seja, a UEFA divide €$ 1,005 bilhão entre as equipes.

A Confederação Sul-Americana, por sua vez, não deixa clara a qual a porcentagem de seus ganhos com a Libertadores destinada às equipes. Sequer publica os boletins financeiros dos jogos. Em 2015, a entidade ainda aumentou as restrições comerciais no torneio. Não são permitidas ações de empresas que não patrocinem o campeonato nos estádios onde são disputados jogos da Libertadores. É comum ver faixas negras tampando marcas de empresas em algumas arenas da competição.

A assessoria de imprensa da Conmebol apenas informou que não está autorizada a se pronunciar sobre o assunto. Ainda no ano passado, o tesoureiro da entidade, o boliviano Carlos Chávez Landívar, havia prometido um incremento no montante repassado aos times para esta temporada, mas os valores se mantiveram. Para irritação dos brasileiros.

 

Blog com GloboEsporte