Estádio mais caro da Copa-2014, Mané Garrincha abriga escritórios de secretarias
   12 de março de 2015   │     0:02  │  0

Mané Garroncha recebeu jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo
Mané Garrincha recebeu jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo Foto: Jorge William / Agência O Globo

Erguido a um custo de R$ 1,4 bilhão para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, tem levado ao pé da letra o conceito de arena multiuso.

Embora tenha recebido alguns jogos em 2015 e sido palco de bailes e eventos de carnaval, o estádio, agora, abre suas portas para que as secretarias de Economia e Desenvolvimento Sustentável, de Desenvolvimento Humano e Social, e do Esporte e Lazer usufruam das dependências do mais caro estádio do Mundial.

O Governo do Distrito Federal alega que motivos de economia motivaram a mudança, que terá validade até a inauguração do Centro Administrativo.

Enquanto isso, as autoridades calculam uma poupança de R$ 10,5 milhões anuais com o fim dos gastos com aluguéis. Apesar de novo, o Mané Garrincha, contudo, já apresenta problemas estruturais e de acabamento.

— A função não é essa, é a de ser uma arena multiuso. Eu era contra a construção para 72 mil pessoas aqui, mas isto passou — ponderou Jaime Recena, secretário de Turismo do Distrito Federal.

Do lado de fora, um espaço do estacionamento é, por força de contrato, ocupado por parte da frota local de ônibus. A secretaria de Turismo, por sua vez, nega que o espaço seja uma garagem.

Ciente da dificuldade em manter de pé um estádio que consome R$ 600 mil mensais em custos de manutenção em uma praça sem tradição no futebol, o governo quer passar o abacaxi para a iniciativa privada. Atualmente, um grupo de trabalho se debruça na formatação de uma proposta que seja considerada ideal para a concessão.

— Temos de encontrar a melhor forma. Operar uma arena não é prioridade do governo — afirmou Recena.

 

Blog com EXTRA