Ronaldinho Gaúcho foge do protagonismo e amarga fim de carreira melancólico
   9 de fevereiro de 2015   │     0:07  │  0

Ronaldinho não é o mesmo de antes, pois agora seu projeto é o Pagode

Ronaldinho não é o mesmo de antes, pois agora seu projeto é o Pagode

Ficou por um fio a passagem de Ronaldinho Gaúcho pelo México. Levado para o Querétaro por seu irmão, Assis, o melhor jogador do mundo em 2004 e 2005 “não se adaptou” à vida na cidade de cerca de 800 mil habitantes no coração do país. Distante 220 km da capital mexicana e a milhares de milhas da rotina que se acostumou a ter em Belo Horizonte e no Rio Janeiro entre 2011 e 2014, Ronaldinho, antes ator principal, agora apenas protagoniza um fim de carreira incondizente com o que já foi.

O Querétaro iniciou sua pré-temporada em 7 de dezembro. No dia 20, sem qualquer sinal de Ronaldinho, o presidente do clube, Joaquín Beltrán, disse que poderia dispensar o brasileiro antes do fim do seu contrato em 2016 se ele não se apresentasse até o dia 26. O jogador apareceu, é verdade, mas não muito disposto a ficar.

A relação conflituosa entre Querétaro e Ronaldinho não é novidade para o atleta. O craque já teve uma negociação conturbada na sua passagem pelo Flamengo.

Ao sair do Milan, no início de 2011, fez leilão com o clube carioca, o Palmeiras e o Grêmio. Decepcionou o clube gaúcho, que de acordo com seu irmão e empresário, estava na frente da negociação, mas que por falta de sigilo de seus dirigentes, abriu a oportunidade de outros clubes se manifestarem.

Depois, no clube carioca, o encanto não durou dois anos. Saiu com um título carioca, o de 2011, uma atuação de gala no 5 a 4 sobre o Santos de Neymar no mesmo ano e só. Os atrasos de salários irritaram Assis, que chegou a ir a uma loja oficial do Flamengo para retirar produtos como “contrapartida” do não pagamento dos vencimentos do irmão. A situação ficou insustentável até sua saída, em junho de 2012.

O Atlético-MG foi uma exceção neste fim de carreira conturbado de Ronaldinho, que completará 35 anos em março. Aposta de Alexandre Kalil, o meia teve importància significativa na boa campanha no Brasileiro de 2012 e na conquista da Libertadores de 2013. Mas depois disso, pouco rendeu. No Mundial de Clubes fez gols de falta, mas não evitou o vexame contra o Raja Casablanca. E em 2014 não se mostrou interessado em continuar. Acabou saindo em comum acordo antes de assinar com o Querétaro em setembro.

No México fez nove jogos. Marcou três gols, deu duas assistências, mas o time piorou com sua chegada. Caiu da 8ª para a 12ª posição, ficou de fora dos playoffs do campeonato mexicano e foi eliminado na Copa local.

Ainda com condições de atuar em bom nível, Ronaldinho preferiu se esconder em ligas menos importantes a ser protagonista em um grande clube. Já disse que sua intenção para os próximos anos é dar continuidade à sua carreira de empresário da música, ramo com a qual vem dividindo suas atenções nas últimas temporadas.

Blog com iG Esportes