Os quinze anos de parceria com a Unimed Rio deixaram o Fluminense com a fama de clube ‘milionário’ entre dirigentes rivais e jogadores, mas a redução do investimento da patrocinadora nas últimas temporadas tem transformado essa reputação em um incômodo para o Tricolor. O time agora encontra dificuldades para manter um elenco no mesmo patamar e contratar reforços.
Um exemplo dessa dificuldade é a demora nas renovações de contrato de alguns de seus principais jogadores, como Diego Cavalieri, Gum e Carlinhos, todos com vínculos com término previsto no fim de 2014. O clube tenta contornar os desejos de valorização dos atletas num novo compromisso. O goleiro, por exemplo, quer um aumento salarial considerável e chegou a pedir R$ 500 mil mensais no começo das conversas. E, com a parceira tirando o pé no investimento, a diferença ficaria nas costas do Fluminense.
“O patrocinador acenou desde o início do ano com situação de que não faria novos investimentos em 2014. E manteve o que já tinha. Isso também influi nas renovações por parte do patrocinador, que arca com maior parte dos vencimentos. O Fluminense já manifestou seu interesse e o patrocinador também. Mas eles [Unimed] só têm condição de fazer essa negociação a partir de 2015”, explicou o vice presidente de futebol do Fluminense, Mário Bittencourt.
O Fluminense, portanto, terá que se alinhar com a patrocinadora sobre quais jogadores seguirão no elenco para 2015. Tudo porque cada aumento de salário significa a necessidade de redução em outros pagamentos feitos pela patrocinadora. As prioridades no momento são as renovações de Diego Cavalieri, Gum e Carlinhos. O último, no entanto, pode não ficar.