Os Jogos de Inverno de Sochi têm sido pródigos em arrumar inimigos na sociedade e, agora, é a vez das pessoas que lutam pelos direitos dos animais. Tudo porque a cidade contratou uma empresa para matar cães vira-latas nas ruas.
Na terça-feira, a questão ganhou mais um capítulo após o presidente da Basay Services, Alexei Sorokin, dizer em uma entrevista para a BBC que os cães são como lixo biológico. É a empresa dele a responsável por liquidar os animais e, por isso, classificou o seu trabalho como um serviço público para eliminar uma epidemia de raiva e ajudar a realização dos Jogos.
– Durante o ensaio para a Cerimônia de Abertura um entrou dentro do Parque Olímpico. Agora, imagina como seria se um desses cachorros invadissem uma pista de esqui? – indagou Sorokin.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) se pronunciou sobre a questão, mas disse não saber sobre a matança dos cães. De acordo com a entidade, os animais são recolhidos para serem castrados.
Mas Sorokin foi bem claro e admitiu que os animais são exterminados. Só não contou a forma como é feita e quantos já foram sacrificados.
Defensores dos animais estimam que esse número já possa ter chegado a 600 vira-latas mortos. Para aumentar a polêmica, jornalistas europeus informaram no Centro de Imprensa que um repórter francês foi atacado por um cão e estava internado em Sochi.
Com mais esse problema, os ativistas pela vida dos animais se juntaram à extensa lista de opositores dos Jogos, influenciados por uma série de motivos, como os homossexuais, moradores locais, ambientalistas e separatistas.
