Sem salário, time se recusa a jogar, e torcida apoia protesto na Espanha
   1 de fevereiro de 2014   │     0:01  │  0

Árbitro apita fim de jogo, diante do protesto dos jogadores do Racing Santander contra a falta de salários

Árbitro apita fim de jogo, diante do protesto dos jogadores do Racing Santander contra a falta de salários

Os jogadores do Racing Santander, da terceira divisão espanhola, protestaram novamente contra a falta de pagamento dos salários e se recusaram a enfrentar a Real Sociedad na última quinta-feira, em casa, por uma vaga na semifinal da Copa do Rei.

Já havia a ameaça de que a partida não ocorreria porque o elenco havia exigido a renúncia do presidente do Ángel Lavín e de integrantes do Conselho de Administração. Era esperado, no mínimo, um protesto contra os dirigentes racinguistas.

Mas os dois times se aqueceram no gramado do estádio El Sardinero, vestiram normalmente os uniformes, se cumprimentaram e se prepararam para o pontapé inicial. Entretanto, só os visitantes se moveram. Os atletas da equipe anfitriã permaneceram abraçados no meio do campo, e o árbitro logo suspendeu o confronto.

Torcedores presentes aplaudiram o ato e se manifestaram contra a diretoria do Racing.

No duelo de ida, em San Sebastián, a Real Sociedad havia vencido por 3 a 1. Nesta jogo de volta, podia perder por um gol de diferença para se classificar à semifinal contra o Barcelona. Atlético de Madri e Real Madri concorrerão pela outra vaga na decisão.

Na própria Copa do Rei, a equipe de Santander já havia protestado de maneira semelhante à usada pelo Bom Senso F.C. no Brasil.

O centenário Racing foi adquirido por um grupo indiano em 2011. Desde então acumula dois rebaixamentos consecutivos nas últimas temporadas, da primeira para a terceira divisão, e vive séria crise política e financeira.