Alex Murad deixou, na noite da última quarta-feira, a presidência do Beto Carrero World. Filho do empresário João Batista Sérgio Murad, o Beto Carrero, morto em fevereiro de 2008, ele passou o posto a Adalgiso Telles, permanecendo à frente do Conselho da empresa. Isso dá tempo para se dedicar ao seu próximo projeto: conseguir que Santa Catarina seja sede de uma etapa do Mundial da Fórmula 1.
“Vou a Londres na próxima semana. Tenho um encontro com Bernie Ecclestone e minha intenção é construir um autódromo internacional e trazer a Fórmula 1 para Santa Catarina. Meu pai apostou muito no estado, e é isso que vamos continuar fazendo”, afirmou Murad, durante a cerimônia de apresentação de Telles como presidente do Beto Carrero World, um dos parques de diversão mais conhecidos da América Latina.
O plano de levar a Fórmula 1 a Santa Catarina é ambicioso. Por isso, a consulta a Bernie Ecclestone, presidente da Fórmula One Management (FOM), empresa que administra a categoria. Para ter sucesso, teria de derrubar o domínio de Interlagos, em São Paulo, que recebe o GP do Brasil de forma consecutiva desde 1990 – o Circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, também já foi utilizado.
Não é incomum, na Fórmula 1, o rodízio de sedes. O GP da Alemanha, por exemplo, foi disputado em Hockenheim em 2012 e em Nurburgring em 2013. Na Espanha – no chamado GP da Europa -, ocorre o mesmo: o circuito de rua de Valência e o Circuito da Catalunha, em Valencia, se alternam. O rodízio é apontado como uma das formas de manter em funcionamento os circuitos de automobilismo, que têm custo elevado de manutenção.
Há muito a discutir com Ecclestone e autoridades brasileiras, no entanto, já que um GP de Fórmula 1 implica em grande estrutura hoteleira e de logística. São Paulo tem esse poderio: além da F1, recebe também a etapa da Fórmula Indy, em circuito montado nas ruas próximas ao Sambódromo. Penha, a cidade catarinense onde se localiza o Beto Carrero World, também já recebeu grande evento: em 2013 foi sede do Mundial de Motocross.
