A torcida do Flamengo remarcou seu território e provou que o Maracanã é o quintal de casa. Décimo segundo jogador na vitória épica sobre o Cruzeiro, a Nação Rubro-negra restabeleceu o pacto esquecido pelos anos de obra e modernização do estádio. A classificação para as quartas de final da Copa do Brasil só mudou o tipo de pressão que a diretoria sofrerá, em meio a contabilidade dos lucros e altos custos. Das arquibancadas até a geração campeã do mundo, o pedido é um só: “O Maraca é nosso”.
— Na nossa época, sempre foi um fator decisivo, mesmo com um grande time. O Flamengo hoje está se montando e não pode ser dar ao luxo de jogar em qualquer lugar. Hoje tem que jogar no Maracanã — defende Andrade.
Maior ídolo do clube e defensor da atual gestão, Zico faz as vezes dos dirigentes, que não quiseram se pronunciar, e entende o mando de alguns jogos longe do Rio, mas pede esforço para a volta ao Maracanã.
— O Maracanã é e sempre foi a casa do Flamengo e tem que continuar sendo. Agora, diante das dificuldades, o clube se fez presente jogando em outras praças, sem prejuízo técnico e financeiro. A diretoria tem que lutar para estar no Maracanã e quem administra colocar na frente o interesse dos torcedores e não o lucro — argumentou.
Autor do gol da classificação, Elias já começa a entender a magia. O herói sabe que não depende dos jogadores a decisão sobre o mando de campo, mas já sentiu na pele duas vezes a emoção de ser o nome do jogo no estádio: contra Botafogo e Cruzeiro.
— O torcedor leva o time para o ataque. É importante a gente continuar jogando no Maracanã. A torcida carioca que fez o clube ganhar títulos, sabe empurrar e incentivar na hora certa — atesta Elias, o novo ídolo rubro-negro.