Brasil cede empate à Itália e mantém jejum contra seleções ‘grandes’
   22 de março de 2013   │     0:08  │  0

Fernando teve muito trabalho para tentar conter Balotelli no empate do Brasil com a Itália

Fernando teve muito trabalho para tentar conter Balotelli no empate do Brasil com a Itália

Parecia tão perto de acabar, mas o fim do jejum de vitórias da Seleção Brasileira sobre equipes campeãs do mundo continua. Depois de abrir 2 a 0, o  Brasil cedeu o empate para a Itália em um amistoso disputado ontem, em Genebra, na Suíça. Fred e Oscar marcaram para o Brasil. De Rossi e Balotelli  fizeram para a Azzurra: 2 a 2.

O último triunfo sobre seleções com camisa mais “pesada” foi em novembro de  2009, sobre a Inglaterra. Ainda falando sobre números, Felipão continua sem  vencer depois de dois jogos neste seu retorno à Seleção. O próximo compromisso  do Brasil é contra a Rússia, segunda-feira, em Londres.

O goleiro Julio César trabalhou muito no primeiro tempo e saiu reclamando no  intervalo, pedindo melhoras na marcação. Ele teve motivos: apesar de o placar já  estar 2 a 0 para o Brasil, a defesa da Seleção deu muitos espaços, especialmente  nas costas de Daniel Alves. A Itália tinha organização no meio-campo e  velocidade pelas pontas. Mas o goleiro brasileiro estava garantindo o bicho dos  companheiros.

Na frente, o ataque da Seleção demorou a se encontrar e precisou do  oportunismo de Fred para deslanchar. O camisa 9 deixou sua marca pelo segundo  jogo seguido com Felipão, aproveitando a falha de marcação de De Sciglio. Belo  tapa de primeira.

A Itália se abriu ainda mais e, quem diria, o Brasil ampliou em um  contra-ataque dez minutos depois, após Neymar deixar Oscar na cara de Buffon. O  camisa 10 não tremeu diante de um dos melhores goleiros do mundo: 2 a 0.

Mas aí veio o segundo tempo. E Julio César tinha razão. Deu uma de profeta.  Uma modificada Itália, surpreendentemente sem o maestro Pirlo, começou de forma  arrasadora a etapa final. Com 12 minutos já estava 2 a 2.

Mas como? Falha da marcação na bola cruzada. Daniel Alves furou, Dante e  David Luiz não se entenderam e De Rossi diminuiu. Depois, Balotelli aproveitou  que Julio César estava um pouco adiantado e acertou um chutaço.

E para mudar essa história? Felipão não soube como. Entre outros testes,  típicos de amistosos, ele tirou do jogo justamente quem tinha feito os gols – Fred e Oscar – mantendo por mais tempo um Hulk pouco inspirado.

A Itália continuou melhor, mas também perdeu força com as mudanças. O  clássico acabou mesmo 2 a 2 e com a sensação de que o Brasil ficou devendo.  Continuamos sem vencer um grande. Como se empolgar para a Copa das  Confederações?