Precursor, Djalminha comenta falhas e revela guia de como não errar ‘cavadinha’ em pênalti
   1 de setembro de 2012   │     0:01  │  0

Djalminha nos seus tempos de Palmeiras

Parar em frente de um goleiro num pênalti e executar a polêmica cobrança conhecida como ‘cavadinha’ exige muito mais do que sangue frio, ímpeto e uma dose de loucura. Fiascos recentes como a bisonha falha do brasileiro Maicosuel na Liga dos Campeões sugerem que o sucesso do chute com efeito no meio do gol não depende exclusivamente de ousadia. Espécie de precursor do lance no Brasil nos anos 90, o ex-jogador Djalminha diz acreditar num repertório específico que combina técnica e estratégia para fazer a jogada vingar.

Maicosuel desperdiçou cobrança na disputa de pênaltis em que o seu time, a Udinese, foi eliminado pelo Braga na fase preliminar da Liga dos Campeões. Assim, o ex-jogador do Botafogo se juntou a nomes de peso do futebol que já falharam na execução do lance para ludibriar goleiros, como Andrea Pirlo, Loco Abreu, Rogério Ceni e Neymar.

Ídolo de Flamengo, Guarani e Palmeiras na década de 90, Djalminha foi o jogador que popularizou o recurso da ‘cavadinha’ em cobranças de pênaltis no país. Mesmo após deixar o futebol, o antigo meio-campo segue associado ao lance no imaginário do torcedor.

Djalminha diz que jamais falhou na tentativa deste tipo de pênalti, em cerca de “10 a 15 cobranças”. Hoje em dia, o meia diz apreciar o talento de dois estrangeiros neste tipo específico de chute.

“O Loco Abreu perdeu, mas batia muito bem. Quem bate muito bem é o Pirlo. Por ser um jogador técnico, os goleiros já pensam no canto, saem antes quando ele vai bater”, comenta.

Djalminha recomenda: conhecer o goleiro, nunca andar até a bola e variar o repertório de cobranças. “Mas tudo isso é teoria. Na prática conta um monte de coisa, como o lado emocional, a personalidade do jogador, a percepção na hora de cobrar”, finalizou o ex-craque brasileiro.