O clima entre o técnico Luiz Felipe Scolari e uma parte da torcida do Palmeiras esquentou no último domingo. Depois do empate por 1 a 1 com o Avaí, o treinador foi hostilizado na saída do gramado da Ressacada, rebateu os xingamentos e fez gesto obsceno para as arquibancadas. Na entrevista , o comandante pentacampeão do mundo na Copa de 2002 relatou a ida dos torcedores à Academia de Futebol durante a semana.

“Precisam perguntar com quem os torcedores conversaram no CT esta semana. Quem levou esta torcida para dentro do CT e que conversa tiveram? Não fomos nós. Entendemos quando há uma manifestação de desagrado, mas não da forma ridícula como hoje, jogamos com 11 contra 9. Não estão corretos na manifestação de hoje, poderia até ser nas outras partidas. Mas isso foi bem orquestrado”, atacou.

Além do técnico, o volante Marcos Assunção e o atacante Kleber também ouviram protestos. Bastante irritado, Felipão se recusou a falar o nome de quem autorizou a entrada da torcida organizada na Academia, mas o caso serviu para deteriorar ainda mais o relacionamento entre o treinador e a cúpula do departamento de futebol.

“Eu, os jogadores e a comissão técnica estamos trabalhando para o Palmeiras. Não vou trabalhar para A, B ou C, e sim ao clube, mas também precisamos de reciprocidade. Os jogadores sabem. Na entrada do campo, ouviram manifestações, e eles sabem como são as coisas”, afirmou o treinador, que não teme a repercussão de suas críticas.

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