O Bahia, que empatou ontem com o Palmeiras em 1 x 1, no Canindé, está inovando no futebol brasileiro. Na opinião do seu treinador, por semana, um jogador de futebol passa três, quatro dias fora de casa, em concentrações, viagens e jogos. Suas mulheres, ao contrário, ficam em casa, cuidando de tudo. Às vezes sozinhas.
Não têm fins de semana com os maridos. Se eles mudam de clube, a vida delas sofre uma guinada total. O técnico René Simões parece ter percebido que vida de mulher de boleiro não é fácil e criou o ‘bicho-família’ no tricolor baiano.
Por cada vitória do Bahia no Nacional, mulheres e namoradas dos jogadores receberão R$ 300. Eventualmente, mães podem receber a quantia, caso o jogador seja solteiro.
“O que conta não é o valor, e sim trazer pra junto de nós as famílias, as namoradas, as esposas”, diz o presidente Marcelo Guimarães Filho. “Queremos valorizar essas mulheres que são tão importantes para os atletas e que já têm a vida tão regrada por causa deles.”
O “bicho-família” já foi pago nos dois últimos triunfos do time, contra Atlético-GO e Figueirense. Segundo o presidente, a premiação continuará até o fim do Brasileiro.