Alta rotatividade de técnicos prejudica seleção argentina
   31 de julho de 2011   │     0:03  │  0

Alejandro Sabella será o quinto treinador da seleção argentina em oito anos

Quando assumir o comando da seleção argentina, Alejandro Sabella será o quinto treinador da equipe nos últimos oito anos. Desde a saída de Marcelo Bielsa, em 2004, passaram pelo banco José Pekerman, Alfio Basile, Diego Maradona e Sergio Batista. A alta rotatividade de técnicos é algo que assusta. Nenhum deles conseguiu alcançar a marca de 30 jogos no comando da equipe.

A falta de paciência com o trabalho dos técnicos e as decisões da AFA (Associação do Futebol Argentino) de demiti-los após o primeiro fracasso, como forma de acalmar a ira dos torcedores, vem prejudicando o futebol da Argentina. O país viveu um período semelhante entre 1960 e 1974, quando a Argentina teve 12 técnicos. Desses, apenas dois ultrapassaram a marca de 20 partidas (José Minella e Juan Pizzuti). Nesse intervalo, o país não conquistou títulos e chegou a ficar fora da Copa do Mundo de 1970.

A realidade mudou em 74, com a chegada de César Luis Menotti. Ele foi o primeiro técnico, desde Guillermo Stábile (que treinou a seleção entre 1939 e 1960) a ter uma sequência. Foram 89 jogos até 1982, passando pelo título mundial de 1978, em casa.

Entre Menotti e Bielsa, a Argentina teve apenas três técnicos (Carlos Bilardo, Alfio Basile e Daniel Passarella). Neste período o país conquistou a Copa do Mundo de 1986 e duas Copas América (1991 e 1993).