- EXEMPLO RUIM DE ADRIANO CONTINUA REPERCUTINDO NO FUTEBOL BRASILEIRO
A incursão mal sucedida pela noite carioca do atacante Adriano, acompanhado por outros atletas do Flamengo, fez ressurgir uma das mais antigas discussões do futebol. Jogador, bebida alcoólica e balada, combinam?
Torcedores e analistas do esporte passaram a última semana inteira tratando do assunto. Tamanha foi a polêmica que até Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, deu o seu recado. E concluiu: sim, os boleiros devem desfrutar dos mesmos prazeres das pessoas comuns.
“Beber um cervejinha não tem problema algum, não pode é beber um engradado”, declarou o chefão da bola no país. Antes dele, José Luiz Runco, médico da seleção brasileira e do Rubro-Negro carioca, afirmara: “Qual jogador não bebe? Você conhece algum? (O álcool) não interfere em nada”.
Duas declarações no sentido da maioria – incluindo atletas, técnicos e demais profissionais do meio – de que não há nenhum impedimento se tudo for feito sem exageros. Mas aí é que está problema e, possivelmente, motivo para essa polêmica eterna. Como definir um limite?
Meio engradado, pode? Meter o pijaminha antes das 2 horas da manhã, tudo bem? “É complicado. Depende muito do atleta, da pessoa. É difícil estabelecer um padrão, mas nós tentamos, recomendamos que ele siga algumas medidas para estar sempre bem”, afirma Marcos Walczak, fisiologista.
Instruções que se iniciam logo após as partidas. Se os jogadores conseguirem se divertir dentro das regras, beleza. “Falamos tudo isso para eles, já no início da temporada, em palestras etc. E sempre alertamos dos riscos caso eles não cumpram as recomendações”, complementa Walczak.
Nem todos cuidam da carreira como deveriam. Quem frequenta a noite certamente já viu jogador por aí – algumas vezes, em situação crítica. Comportamento que, se é recorrente, não escapa da vista dos clubes.
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