- DESTA VEZ O CUSTO DA REFORMA DO MARACANÃ DARIA PARA CONSTRUIR OUTRO ‘ENGENHÃO’
Foi anunciado o plano de obras do Maracanã para cumprir as exigências da Fifa para a Copa de 2014. Segundo o projeto, serão gastos R$ 500 milhões (dentre os quais R$ 400 milhões do BNDES e R$ 100 milhões do Governo do Estado) para adequar o estádio. O valor, já considerado alto se comparado ao que foi gasto para construir algumas arenas da Copa da Alemanha, poderia ser menor se em outras grandes reformas pelos quais o local passou as normas já tivessem sido atendidas.
Em 1999, com um custo de R$ 52 milhões, o Maracanã passou pelo seu primeiro grande “banho de loja”, visando ao Mundial de clubes da Fifa de 2000. As arquibancadas ganharam assentos de plástico e, nos vãos por trás desses setores, foram construídos camarotes. Agora, para a Copa do Mundo, tanto as cadeiras como os camarotes terão que passar por mudanças. A Fifa quer que haja espaço para circulação de pessoas e ar por trás das arquibancadas. Com isso, os camarotes passarão a ficar debaixo desse setor. Outro pedido da entidade máxima do futebol é que nos lugares haja cadeiras retráteis.
Cinco anos após o Corinthians ganhar o Mundial de clubes, o Maracanã voltou a passar por grandes modificações para receber as cerimônias de abertura e encerramento do Pan-Americano, além dos jogos de futebol do torneio. Desta vez, entre outras mudanças, o gramado foi rebaixado e a antiga geral ganhou cadeiras para que todos os espectadores pudessem assistir ao jogo sentados. Porém, apesar dos R$196 milhões gastos, mais uma vez o estádio não ficou totalmente dentro das normas da Fifa. As atuais cadeiras azuis desaparecerão e darão lugar a uma arquibancada inferior, que possibilitará uma melhor visão a quem estiver no setor.
As obras para a Copa do Mundo começam em março do ano que vem, mas o local ficará fechado apenas em setembro. A fachada do estádio também será modificada e passará a ter apenas a cor cinza, como era anteriormente.
– O conceito do Maracanã para 2014 é virar um grande parque público da cidade, possibilitando ao torcedor chegar mais cedo e aproveitar diversos serviços, como bares, restaurantes e lojas – afirma a Secretária de Esporte, Turismo e Lazer do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Márcia Lins.
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