Desgastado, Luxa fala em renovar contrato
   20 de junho de 2009   │     0:05  │  0

427777777777luxa.jpgVanderlei Luxemburgo (foto) deixou Montevidéu com uma eliminação na bagagem e um desejo: seguir no Verdão até 2010, com o time campeão brasileiro e de volta à Libertadores. Mas até quando o técnico terá paciência contra as críticas?

A pressão externa e até mesmo interna, de pessoas próximas à cúpula alviverde, aumentou. Torcedores de organizadas picharam os muros do Palestra contra o técnico, a Traffic e a atual diretoria palmeirense.

O próprio treinador admite que não é fácil ter parte da torcida jogando contra. O foco da ira de Luxa continua sendo a Mancha Alviverde, principal facção do Palmeiras. A organizada não dará trégua.

– É duro você chegar ao estádio e ouvir a Mancha dizer que sou mercenário. A torcida tem de estar junto. A torcida do Palmeiras tem 15 milhões. A Mancha tem o quê? São 11 mil. Isso não ajuda – disse Luxa.

– O torcedor do Palmeiras tem orgulho desse time e sabe da minha competência. Vou dar títulos para o clube de novo, até para a Mancha, porque eles são palmeirenses. Aí vão mudar o discurso – completou.

A ideia é seguir o projeto, que já teve falhas que o próprio técnico admite. Já há um ano e meio no clube, Luxemburgo teve de refazer o elenco no fim de 2008 por causa de problemas de relacionamento. A base que seria usada na Libertadores não existiu, atrasando o planejamento.

O treinador do Palmeiras agora quer seguir e renovar seu contrato, que termina no fim de 2009. A aposta de Luxa é na manutenção da base do grupo deste ano até o meio de 2010.

A diretoria o apoia e se desgasta, inclusive, com membros da situação. Já no hotel em Montevidéu (URU), com a presença de conselheiros e sócios remidos na delegação, as cornetas não deixaram de tocar.

– Não decido nada na pressão e na gritaria. Eu já escrevi carta para muita gente (torcedores e conselheiros) sobre isso. Não vou mudar o pensamento. O Palmeiras está indo muito bem – afirmou o presidente do Alviverde, Luiz Gonzaga Belluzzo.

O remédio é único: seguir na ponta do Brasileirão e levar o penta. Resta saber até onde vai a paciência de Luxemburgo e da própria diretoria.

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