O uso de Viagra pode ajudar os jogadores em partidas na altitude? A resposta é sim segundo o chileno Rodrigo Figueroa, ex-preparador do Blooming, de Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana ao nível do mar. Em declarações ao jornal “La Prensa”, Figueroa, que trabalhou na equipe entre 2007 e 2008, disse que, sempre que a sua equipe ia jogar em estádios na altitude, como La Paz e Potosí, dava Viagra, mistura em bebidas energéticas, aos seus jogadores, para que tivessem melhor desempenho.:
– Os atletas não sabiam o que realmente estavam tomando, pois o Viagra ia diluído no líquido – afirmou Figuereoa, que reconheceu que não existe estudo científico mostrando que o medicamento para impotência sexual melhora o desempenho dos atletas em atltitude.
A polêmica sobre o uso do Viagra é antiga, mas ressurgiu este ano com a possibilidade, descartada, de equipes como Grêmio e São Paulo, que fariam jogos pela Copa Libertadores em cidades da Bolívia e da Colômbia, respectivamente, a mais de 2500 metros de altitude. O uso do remédio não é considerado doping.
Figueroa garantiu que os jogadores do Blooming que tomaram o “superenergético” não sentiram o efeito da altitude. Mas os resultados mostram que os atletas continuaram “impotentes”. Das 17 partidas que o Blooming fez na altitude em 2007 e 2008, a equipe só ganhou uma, tendo empatado quatro e perdido 12 – inclusive com goleadas para o Potosí por 4 a 0 e 7 a 0.
Na Bolívia, os estádios localizados em pontos mais altos são o Estádio Hernando Siles, de La Paz, a 3.600m sobre o nível do mar, o Jesús Bermúdez de Oruro, a 3.700m, e o Victor Agustín Ugarte, de Potosí, a 4.000m.
