Cuca terá que formar time do Flamengo com base já existente
O primeiro sonho do Flamengo para 2009 foi o atacante Ronaldo. Depois foram os atacantes Adriano e Herrera, os apoiadores Zé Roberto, Carlos Alberto, Conca, Lucio Flavio… Todos os nomes de fato interessaram e foram sondados pelos dirigentes do clube. Mas as limitações financeiras que o Rubro-Negro vive e a dificuldade do mercado do futebol fizeram com que o Fla priorizasse manter a base e contratasse até agora apenas peças para compor o elenco.
O zagueiro Douglas e o volante Willians, do Santo André, são os reforços até o momento. A única situação diferente foi a do Fenômeno. O atacante recuperava a forma no Flamengo, que esperava o fim do tratamento para se reunir e apresentar uma proposta. Só que na surdina Ronaldo negociou sua transferência para o Corinthians sem dar qualquer tipo de satisfação aos rubro-negros.
Conca foi considerado impossível por conta do valor de venda. Herrera só chegaria por empréstimo, o que foi descartado pelo Gimnasia y Esgrima (ARG). Carlos Alberto também não deve ser liberado pelo Werder Bremen (ALE) sem compensação financeira. Lucio Flavio não veio por causa do salário, situação parecida com a de Zé Roberto. Adriano depende de uma conversa complicada com a Inter de Milão.
Todos os nomes tinham o aval do técnico Cuca. Ele lamentou muito o fracasso nas negociações, mas sabe que as dificuldades são grandes. O treinador está ciente de que o clube não pode fazer loucuras para não causar problemas emum futuro próximo. O resultado dessa equação pode ser atrasos de salários de jogadores e funcionários além de complicações financeiras.
– A realidade é essa. Temos de trabalhar dentro de um orçamento que foi traçado para que o clube cumpra com as suas obrigações. A filosofia do Flamengo está certa – afirmou o treinador, em entrevista à Rádio Tupi, lamentando ainda o caso do argentino Herrera.
– Sempre há tentativa, mas nem sempre se consegue o resultado desejado.
O pensamento do treinador vai de encontro com o da diretoria rubro-negra. Plínio Serpa Pinto, diretor de futebol do Flamengo, não vê o clube dando, pelo menos por agora, um presente de Natal à torcida.
– Estamos arrumando a casa. Renovamos com alguns para manter a base. O mercado está muito complicado. Não creio em novidades para o Natal – sentenciou.
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