Linda e atuante torcedora palmeirense, Gabriela Anelli Marchiano, não resistiu aos ferimentos e morreu aos 23 anos – (Foto: Reprodução/Instagram)
Crime ocorreu em 8 de julho, quando houve um tumulto entre torcedores dos dois times nos arredores do Allianz Parque.
O torcedor do Flamengo, Jonathan Messias Santos da Silva, suspeito de ter matado a torcedora do Palmeiras, Gabriela Anelli, foi indiciado pela Polícia de São Paulo por homicídio qualificado por motivo fútil.
O crime ocorreu em 8 de julho, quando houve um tumulto entre torcedores dos dois times nos arredores do Allianz Parque. Jonathan está preso há duas semanas.
Imagens do estádio registraram o exato momento em que um homem arremessou uma garrafa na direção de um portão. Gabriela foi ferida com os estilhaços da garrafa na veia jugular e morreu aos 23 anos.
De acordo com a polícia, o sistema de reconhecimento facial do estádio do Palmeiras permitiu identificar Jonathan como a pessoa que arremessou a garrafa.
No entanto, a defesa do suspeito nega que ele tenha atirado o objeto e afirma que as suspeitas se baseiam em hipóteses e probabilidades.
Arivaldo Maia com Redação da Jovem Pan – São Paulo
Dr. Sandra Malta impede torcida ‘Mancha Azul’ de prestigiar jogos do seu próprio time por 180 dias. Chega de violência! — (Foto: Divulgação/MPAL)
Decisão da Federação Alagoana atende pedido do Ministério Público após atos de violência.
Ontem, a Federação Alagoana de Futebol atendeu pedido do Ministério Público Estadual e decidiu suspender o acesso da Torcida Organizada Mancha Azul nos estádios de todo Brasil por um prazo de 180 dias. A decisão da FAF também proíbe a presença de torcedores da principal organizada do CSA nos arredores dos estádios, num raio de cinco mil metros e já vale para a partida do próximo domingo, contra o Botafogo-PB, no Rei Pelé.
Acusados de espancar brutalmente Symei Araújo, torcedor do CRB, o presidente da Mancha Azul, Douglas César da Silva Santos, conhecido como “BBzão”, e Thiago Lyra Alves dos Santos, o “Bocão”, integrante da mesma organizada, foram presos no último dia 3. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda tenta identificar e prender outros suspeitos.
Como fica?
Com a determinação da suspensão, os azulinos ficam impedidos de entrar nas praças esportivas com objetos que possam identificar a Mancha Azul, a exemplo de camisas, uniformes, vestimentas em geral, bonés, bandeiras, faixas, instrumentos musicais e outros artigos similares.
A promotora de justiça da Promotoria do Torcedor, Sandra Malta, justificou o pedido feito pelo Ministério Público.
– O Ministério Público recomendou o banimento, ou suspensão, da torcida organizada Mancha Azul, pelo período de 180 dias, em decorrência dessa violência que está sendo praticada. Ainda mais, porque isso é recorrente. Essa torcida teve, por um período recente, com 180 dias também de proibição e, ao retornar, já comete um delito dessa natureza, ainda mais envolvendo o seu presidente.
Sandra Malta informou que a Polícia Militar já foi informada da recomendação.
– O Ministério Público já encaminhou o ofício para a Polícia Militar informando a recomendação e agora, pela manhã, tive a notícia do presidente da Federação, Senhor Felipe Feijó, que me confirmou que já acatou a recomendação do Ministério Público. A Polícia Militar sempre tem um plano de ação de ingressar no estádio.
A promotora salientou qual recado fica para os integrantes das organizadas que cometem os crimes.
– O recado que fica é que uma medida educativa para que não cometam o mesmo tipo de ação que a torcida organizada Mancha Azul, do CSA, cometeu. Se houver necessidade, o Ministério Público tomará as decisões que venham a favorecer o torcedor e a sociedade de um modo geral que não pode mais se sentir acuada pelas ações das torcidas organizadas.
Felipe Feijó, presidente da FAF, já confirmou ao Ministério Público que a sua entidade vai cumprir rigorosamente os pedidos detalhados pela Promotora Sandra Malta .
Absurdo: torcedor do CRB foi espancado no bairro da Jatiúca – (Foto: Cortesia)
Dois suspeitos da tentativa de homicídio contra o torcedor do CRB, ocorrida na quarta-feira (2), foram presos pela polícia, na última quinta-feira (3), em Maceió. Um deles é o presidente da Mancha Azul, torcida organizada do CSA, Douglas César da Silva Santos, conhecido como Bebezão. Além dele, outro homem, de identidade ainda não divulgada, também foi preso em flagrante.
Bebezão, de 35 anos, estava em um veículo, quando foi abordado no bairro do Farol. Ele apresentava um ferimento no pé, que alegou ter sido provocado por um pedaço de vidro. As prisões foram efetuadas após um trabalho integrado entre a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), a Rotam e o GEAI.
O presidente da Mancha Azul estava em um veículo Fiat Palio Weekend Adventure, de cor preta. De acordo com o relatório do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), nenhum material ilícito foi encontrado com ele no momento da abordagem. Segundo a Polícia Civil, ele foi localizado e preso após o depoimento da primeira pessoa detida em flagrante.
O caso
A vítima da tentativa de homicídio foi um jovem de 22 anos, identificado como Symei Blindice, que está internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em estado grave. Ele vestia uma camisa do CRB quando foi atacado em via pública, no bairro da Jatiúca, na noite de quarta-feira (2).
A Polícia Civil investiga a participação de torcida organizada no crime. Os primeiros levantamentos apontam que o jovem foi atacado apenas por estar usando a camisa do CRB.
Arivaldo Maia com Jamylle Bezerra – Redação da Gazetaweb.com
Enterro de torcedora do Palmeiras é marcado por forte emoção – (FotoArthur Stabile/g1)
Medida está em vigor desde 2016 em confrontos regionais; autoridades do estado vão analisar novas restrições.
O futebol paulista iniciou 2023 com o sonho de ver a torcida única em clássicos chegar ao fim. Seis meses depois, a realidade é totalmente oposta. Com a morte da palmeirense Gabriela Anelli, cortada no pescoço por estilhaços de vidro durante confusão em frente ao Allianz Parque, no último sábado, o movimento pela ampliação da medida para outros jogos ganhou força. E voltará a mesa de discussão das autoridades do estado.
O primeiro a levantar o debate foi o delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE). Na segunda-feira, dia da morte de Gabriela, ele defendeu que a regra fosse estendida para jogos de rivalidades nacionais, citando não só Palmeiras x Flamengo como exemplo, mas também São Paulo x Vasco. Ele não ficou sozinho. Procurado pelo EXTRA, o Ministério Público do estado, principal órgão defensor da medida, informou que “a questão da torcida única para outros jogos, com sua ampliação, está em análise”.
A torcida única em clássicos de São Paulo vigora desde 2016. Foi instaurada pelo próprio MP-SP e pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Também procurada pelo EXTRA, a pasta afirmou que “as restrições de duas torcidas são determinadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF), seguindo a recomendação do Ministério Público” e que as polícias Militar e Civil, “até o momento, não receberam documento oficial referente à expansão de torcida única”. A reportagem apurou, contudo, que a extensão da medida também é estudada internamente pelo órgão.
No grupo formado por membros das policias, do poder judiciário e por promotores do MP-SP, o caso Gabriela reacendeu a ideia de que é preciso se dedicar aos estudos da ampliação da regra para jogos de âmbito nacional. Isso alguns meses depois de analisar o pedido formalizado por São Paulo e Palmeiras pelo fim da torcida única nos clássicos.
Esta guinada no sentido contrário se deve ao fato de o comitê não ver com bons olhos o fim da torcida única. Tanto que bastou o primeiro registro de briga — uma emboscada de palmeirenses a um ônibus com corintianos, no dia 10 de fevereiro, após jogos das equipes contra rivais diferentes — para a ideia ser sepultada.
Esta, inclusive, não é a primeira vez que autoridades paulistas defendem a ampliação da torcida única. Em 2019, a CBF acatou pedido do MP-SP e da Polícia Militar para que Palmeiras x Flamengo, pela 36ª rodada do Brasileiro, só tivesse torcedores do clube paulista.
A justificativa foi o risco de confrontos dado o acirramento da rivalidade entre as torcidas. Em 2022, passado o período de fechamento dos estádios pela pandemia, o rubro-negro fez valer o direito da reciprocidade adquirido na Justiça e fez o mesmo no Maracanã.
Arivaldo Maia com Rafael Oliveira – Redação do EXTRA – Rio de Janeiro
Protesto da Mancha Verde, organizada do Palmeiras, teve Leila Pereira como alvo principal – (Foto: Reprodução/Twitter/@Infos_palestra)
Uniformizada se reuniu em frente à sede da Crefisa e também criticou o valor dos ingressos para os jogos do Alviverde.
A Mancha Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, promoveu um protesto na últimaquinta-feira, 29. Em frente à sede da Crefisa, patrocinadora master do clube, a uniformizada tratou de fazer duras críticas contra a gestão de Leila Pereira.
Além de ironizar a aeronave adquirida pela mandatária, os torcedores cobraram mais reforços para o time de Abel Ferreira. “Está de tiração! Vendeu o [Gustavo] Scarpa e comprou um avião”, gritou o grupo. “Olha quem chegou: é o avião, volante do Porco”, entoou, em outro momento.
No ato, que contou com dezenas de palmeirenses, a organizada também pediu a redução do preço das entradas do Allianz Parque. “P*** que o pariu… É o ingresso mais caro do Brasil”.
Os torcedores, ao mesmo tempo, estenderam faixas para manifestar apoio ao treinador Abel Ferreira.
Arivaldo Maia com Redação da Jovem Pan – São Paulo
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