Vasco é pouco intenso e nada criativo em derrota merecida e desalentadora dentro de casa
   31 de outubro de 2021   │     13:00  │  0

Fernando Diniz, técnico do Vasco — Foto: André Durão

Fernando Diniz, técnico do Vasco — (Foto: André Durão)

A análise da derrota vascaína por 3 a 1 para o CSA na noite de sexta-feira está longe de se restringir ao aspecto tático. Faltou muita coisa. Sem Nenê, como era de se esperar, faltou criatividade. O melhor jogador do elenco fez muita falta, principalmente pela energia que passa aos demais, não à toa o time esteve muito abaixo no aspecto da intensidade.

Mas também fez falta a fome de bola que sobrou a Giva Santos no lance do segundo gol, que praticamente matou o Vasco no jogo. O volante lutou até o fim e deu assistência a Delatorre diante de três vascaínos. Enfim, faltou de tudo um pouco, só não faltou apoio.

Perguntado se a reação da torcida após o apito final foi desproporcional devido aos muitos protestos, xingamentos e copos arremessados em direção ao campo (vários deles passaram bem perto do treinador), Diniz tratou de defender os quase 10 mil vascaínos presentes a São Januário.

– O torcedor foi o único jogador que jogou bem hoje. Não tem o que reclamar da torcida absolutamente desde que cheguei aqui. E nem hoje. E o torcedor tem que vaiar mesmo. Quando você chama a torcida para o estádio com boas apresentações, e a gente joga abaixo do jeito que jogou e perde o jogo, o torcedor fez o que tinha de fazer. A gente tem melhorar e ganhar jogos – afirmou o técnico, emendando:

– Não teve nada de exagero do torcedor. Ele mostrou sua frustração, mas apoiou muito o time durante quase todo o jogo. A gente tem que agradecer ao torcedor e pedir desculpa por não ter entregado a vitória que eles precisavam e mereciam. Mas não foi por falta de vontade, a gente não conseguiu fazer um bom jogo.

A verdade é que embora tenha finalizado mais do que os alagoanos (14 a 10) e marcado maior presença no campo adversário durante grande parte do jogo, o Vasco não conseguiu em nenhum momento repetir a intensidade que confundiu rivais desde a chegada de Fernando Diniz.

– Faltou intensidade, jogamos pior tecnicamente e taticamente em relação a outros jogos. Não dá para mensurar qual a falta que o Nenê fez. Mas, mesmo sem o Nenê, tínhamos que ter jogador melhor e ter sido mais intensos, ainda mais saindo com 1 a 0. No segundo tempo, a gente melhorou do segundo para o primeiro tempo, estava mais perto de fazer o gol do que tomar. Tomamos o gol num lance em que o jogador foi caindo, caindo, caindo e conseguiu dar a bola.

Desculpem a redundância, mas faltou de tudo um pouco ao Vasco. Nenê, intensidade, inteligência, criatividade e concentração para brigar por todas as bolas. O CSA foi mais objetivo, brigador e competitivo. Com a derrota, os vascaínos perderam duas posições e agora estão a seis pontos do G-4.

Blog com GE – Rio de Janeiro