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Poucas horas depois de conquistar com muitos méritos a inédita medalha de prata no Mundial Paralímpico de tênis de mesa, em Celje, na Eslovênia, Cátia Oliveira, (foto acima/Globo Esporte), recebeu uma triste notícia. Praticamente no mesmo instante, o pai da mesatenista, Flávio Alves, faleceu vítima de uma parada cardíaca logo depois de saber da classificação da filha à final da competição. Antes do pódio, todos os atletas do Mundial realizaram um minuto de silêncio.
Mesmo sabendo da perda do pai, Cátia Oliveira fez questão de subir ao pódio para homenageá-lo. Ele, um dos seus maiores incentivadores para praticar o esporte, tinha o hábito de sempre colocar as medalhas da mesatenista no peito após as competições em que a filha se destacava. Um sinal de orgulho pelos feitos de Cátia.
Na noite da última sexta, no horário brasileiro, Cátia Oliveira eliminou a italiana Giada Rossi na semifinal do Mundial e avançou à decisão. Flávio Alves, ao saber da classificação da filha, se sentiu mal e precisou ser internado em um hospital da cidade de Cerqueira César, no interior de São Paulo. No dia seguinte ele não resistiu e faleceu aos 47 anos.
Na final, na Classe 2 paralímpica para cadeirantes com mobilidade restrita, a brasileira foi superada pela sul-coreana Su Yeon Seo, número 1 do ranking e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
O Ministério do Esporte emitiu uma nota oficial, lamentando o falecimento do pai de Cátia Oliveira.
– À Catia, que está na Eslovênia, aos demais familiares e amigos de Flávio e aos amantes do esporte paralímpico, meus profundos sentimentos – disse a nota assinada pelo Ministro do Esporte, Leandro Cruz.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa também emitiu uma nota oficial lamentando a morte e dando força para Cátia nesse momento tão difícil.
– É com muita tristeza que recebemos essa notícia, num dia de tamanha alegria para o nosso esporte, que conquistou uma inédita medalha de prata no Mundial. A família é a coisa que mais prezamos no tênis de mesa. Tomara que Cátia, que é uma atleta que já superou um grave acidente quando era adolescente, tenha forças para superar essa perda. No que depender da CBTM, daremos todo o apoio – disse o presidente da entidade, Alaor Azevedo.
Blog com Globoesporte
