Monthly Archives: janeiro 2012

Da guerra aos gramados; saiba história do jogador que enfrentou Kadafi
   30 de janeiro de 2012   │     0:05  │  0

Walid El-Khatrouchi combateu ditadura líbia e deu passe para 1º gol de sua seleção na Copa Africana

As mãos que seguraram um rifle tiveram o mesmo propósito dos pés que deram um passe precioso para um gol: representar a esperança de dias melhores para uma nação. As ações, tão antagônicas entre si, marcaram a vida do meio-campista Walid El-Khatrouchi nos últimos 10 meses, em uma das histórias mais impressionantes da Copa Africana de Nações 2012, sediada em conjunto por Guiné Equatorial e Gabão.

O jogador, 26 anos, era contra o regime do ditador Muammar Kadafi, que dirigiu a Líbia com mão de ferro por 42 anos. Porém, o estopim para que El-Khatrouchi, do Al-Ittihad, da capital Trípoli, fosse parte integrante da Primavera Árabe – movimento popular que ajudou a derrubar várias ditaduras no Oriente Médio em 2011 – surgiu de uma consequência da guerra civil que chegou até seu cotidiano: um amigo do atleta havia perdido um braço durante um combate, poucos dias após o meio-campista marcar um dos gols da vitória contra Comores por 3 a 0, pelas eliminatórias do torneio africano, em 28 de março.

Dali em diante, El-Khatrouchi decidiu não mais defender a camisa verde da Líbia de Kadafi e se juntou aos rebeldes em Jebel Nafusa, cidade próxima à fronteira com a Tunísia, onde combateu, com a arma em punho, os aliados do então ditador. E a morte de Kadafi, em 20 outubro de 2011, foi o apogeu de uma festa que havia começado no início do mês, 12 dias antes: o empate com a Zâmbia, que deu o direito à seleção comandada pelo experiente técnico brasileiro Marcos Paquetá retornar à Copa Africana após hiato de seis anos.

Finalista em 1982, em plena era Kadafi, a seleção não passou da primeira fase em 2006. Porém, munida de nova bandeira e novo uniforme – que remetem à independência do país junto a Itália, em 1951, nas cores vermelha, preta, verde e branca -, a equipe ainda não havia marcado gols em uma fase final de Copa Africana, condição ratificada após a derrota na estreia para Guiné Equatorial, no fim da partida, por 1 a 0, em 21 de janeiro deste ano.

Entretanto, logo aos 5min da partida contra Zâmbia, disputada na última quarta (dia 25), foi dos pés de El-Khatrouchi, com o uniforme branco da nova Líbia, que saiu o passe para Ahmed Osman marcar o gol que abriria o marcador da partida finalizada com empate por 2 a 2.

Ironia do destino ou não, poucos minutos após a assistência para o tento histórico, o meio-campista deixou o campo de jogo lesionado e não enfrentou o lanterna Senegal na tarde de ontem. A Líbia segue com chances de avançar às quartas de final. O palco do gol, assim como de todos os confrontos do Grupo A, não poderia ter nome mais sugestivo: Estádio da Liberdade.

Em vários meses de batalha contra o regime de Kadafi, onde estima-se que tenham morrido cerca de 20 mil civis, o atleta saiu ileso, diferente de alguns ex-colegas de seleção, feridos de ambos os lados.

“Para nós, é muito mais do que um torneio de futebol”, disse El-Khatrouchi logo após a derrota na estreia contra Guiné Equatorial. Diante de um novo país, de nova bandeira e novo uniforme, termos como “batalha”, “artilheiro” e “matador”, para todo o elenco convocado por Paquetá, serão apenas gírias futebolísticas no campo de jogo. Tudo em prol de uma nova história, que pode ser iniciada por meio do futebol.

Blog com Terra Esportes

Flamengo foi o primeiro grande do Rio a tropeçar no Estadual
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O Flamengo foi o primeiro grande carioca a tropeçar no Estadual-2012. Na segunda rodada da competição, a equipe da Gávea não passou de um empate por 0 a 0 contra o Macaé, no Moacyrzão.

Com este resultado, o Flamengo somou seu quarto ponto pelo grupo A da Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual do Rio. Na estreia, a equipe havia goleado o Bonsucesso por 4 a 0.

O Macaé, por sua vez, perdeu a primeira partida por 1 a 0 para o Madureira e, agora, tem um ponto na tabela. Os dois primeiros de cada chave avançam às semifinais do certame.

O próximo compromisso flamenguista é a partida de volta da Pré-Libertadores, contra o Real Potosi, da Bolívia, na quarta, dia 2 de fevereiro. Na ida, semana passada, o time carioca perdeu por 2 a 1 e necessita de uma vitória simples para ir à fase de grupos do torneio continental. Por isso, no Estadual, o Flamengo tem utilizado o time reserva.

Ramires se machuca e corre risco de perder amistoso da seleção
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Ramires é atendido no momento da sua contusão

O brasileiro Ramires será desfalque no Chelsea pelo menos nas próximas quatro semanas. O meia machucou o joelho no último sábado à tarde, na vitória de 1 a 0 sobre o Queen’s Park Rangers, no Loftus Road, casa dos rivais, pela quarta fase da Copa da Inglaterra, e é dúvida também para a seleção brasileira.

Para deixar o gramado de maca, a 15 minutos do apito final, o ex-jogador do Cruzeiro teve de ser imobilizado. Segundo o técnico André Villas-Boas, que falou em nome do departamento médico do clube, pode ser um problema nos ligamentos do joelho.

“Esperamos que dê para evitar uma operação para que Ramires volte o mais rápido possível”, disse o treinador português que, ainda não pôde precisar a gravidade da lesão.

Constantemente nas listas de convocação de Mano Menezes, Ramires corre o risco de perder o primeiro amistoso da seleção brasileira na temporada, em 28 de fevereiro, contra a Bósnia.

Espanha vê alta do futebol basco
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A definição das semifinais da Copa do Rei, segundo torneio mais importante do futebol espanhol, na semana passada, evidenciou o bom momento do futebol basco.

O Athletic Bilbao, principal clube da região, avançou após eliminar o Mallorca por 3 a 0 no placar agregado.

Façanha maior alcançou o nanico Mirandés, da terceira divisão. O time é da cidade de Miranda de Ebro, que fica na comunidade autônoma de Castilla e León, mas mais da metade de seu elenco é formada por jogadores bascos.

A maioria deles teve passagens por times do País Basco.

“Pela proximidade e pela afinidade que há entre os dois times, será um prazer jogar contra o Athletic”, declarou o zagueiro César Caneda, do Mirandés, autor de um dos gols que classificaram o time para a semifinal.

A distância entre as sedes dos dois clubes é de aproximadamente 80 km.

O Athletic é o orgulho do País Basco: sem aceitar jogadores de outras procedências, ganhou oito vezes o Campeonato Espanhol, 23 vezes a Copa do Rei e é um dos únicos três times do país que nunca caíram para a segunda divisão. Os outros são Real Madrid e Barcelona.

A regra para atletas não vale para os treinadores, tanto que, nesta temporada, o Athletic apostou no argentino Marcelo “El Loco” Bielsa, que por enquanto é sucesso de público e crítica em Bilbao.

Seu maior desafio será não ser surpreendido pelo pequeno Mirandés, que derrubou outros três times da primeira divisão pelo caminho.

Mandando seus jogos num estádio com capacidade para 6.000 pessoas, o clube eliminou Villarreal, Racing Santander e Espanyol.

“Mostramos não ser nenhuma casualidade ter chegado até aqui”, disse o técnico Carlos Pouso após a façanha das quartas de final.

O vencedor do duelo (dois jogos, com o primeiro nesta semana) vai enfrentar Barcelona ou Valencia na final.

Blog com Folha.com

Brasil passa Holanda e é o 6º maior mercado do futebol do mundo
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O Brasil não se transformou na sexta maior potência do mundo apenas quando o assunto é economia. Com R$ 1,5 bilhão movimentado pelos 25 principais clubes durante a temporada 2010, o mercado do futebol brasileiro ultrapassou a Holanda e chegou também ao sexto lugar no ranking mundial. E não para por aí. A expectativa é de que supere a França (quinta, com R$ 2,4 bilhões) até 2014. Números e projeções são da BDO RCS Auditores Independentes, em levantamento realizado para o Estado.

A liderança folgada é da Premier League, da Inglaterra, que na temporada 2009/2010 chegou a totalizar R$ 5,7 bilhões. Na sequência aparecem outros centros tradicionais do futebol europeu. A segunda colocação é da Bundesliga, a Primeira Divisão alemã, com R$ 3,8 bilhão, seguida pela La Liga espanhola (R$ 3.7 bilhões) e Seria A, da Itália (3,5 bilhões).

Para chegar a estes números, o relatório leva em consideração três tipos de receita: cotas de TV, estádio e marketing. O dinheiro conseguido com a negociação de jogadores não entra no cálculo. “Os clubes nunca sabem se vão vender atletas, muito menos quanto arrecadarão com esse tipo de negócio. Portanto, trata-se de uma receita variável que pode distorcer a realidade”, explica o auditor Amir Somoggi, responsável pelo estudo. “Pegue o exemplo do Santos. Se o clube vende o Neymar, vai conseguir um dinheiro que o colocará como o clube mais rico do País naquele momento. Porém, se não vender mais ninguém nos anos seguintes, volta para sua posição de origem.”

A expectativa de chegar ao quinto lugar do ranking em, no máximo, três anos tem explicação relativamente simples. Ao contrário do mercado europeu, que é consolidado e sofre os efeitos de uma das mais sérias crises econômicas da história, o Brasil está em franca expansão. “Enquanto os clubes da Europa lutam para manter suas receitas, no Brasil estamos apenas descobrindo este potencial. Novas cotas de TV, a exploração de arenas, ainda pouco difundida por aqui, naming rights. Enfim, o mercado brasileiro só está começando a se desenvolver”, explicou Somoggi.

A linha de raciocínio do especialista é compartilhada pelo diretor de marketing do Corinthians, Luiz Paulo Rosenberg. “Ainda estamos engatinhando no trabalho de exploração das marcas dos clubes”, afirmou. “A cada dia o poder da Fiel me surpreende e impressiona. Não tenho dúvidas de que o estádio, quando estiver pronto, possibilitará que tenhamos receitas até aqui inéditas para o clube”, analisou.

O presidente licenciado do Alvinegro e atual coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Andrés Sanchez, vai mais longe. “Com a proximidade da Copa do Mundo o futebol brasileiro seguirá crescendo. Tem muita gente que está esperando um pouco mais para investir”, afirmou.