Campeão no Mundial de handebol, técnico dinamarquês não volta ao Brasil
   23 de dezembro de 2013   │     0:09  │  0

O treinador dinamarquês Morten Soubak, campeão mu ndial com o time brasileiro

O treinador dinamarquês Morten Soubak, campeão mundial comandando o time brasileiro

O treinador dinamarquês Morten Soubak, campeão mundial de handebol com a seleção brasileira feminina na tarde de ontem, na Sérvia, não voltará ao Brasil com a delegação.

Ele viajará para a Dinamarca, onde passará os próximos dias com sua família. Depois, irá para a Áustria para dirigir seu time, o Hypo, que possui seis atletas brasileiras que foram campeãs mundiais.

Casado com uma brasileira, Soubak fala português fluentemente e comanda o selecionado nacional desde 2009.

“Tinha dito antes que queria colocar uma medalha no peito delas. Esse era o meu sonho. Estávamos trabalhando para realizar esse sonho e conseguimos. Estou orgulhoso do trabalho que foi feito e como foi feito. A dedicação que as meninas mostraram, não tenho palavras para descrever. É uma coisa sem explicação. Dá para escrever um livro”, afirmou.

“Muito países não acreditavam que podíamos chegar até lá. Agora mostramos com autoridade a todo mundo que somos capazes”, disse Soubak.

Ele valorizou o título inédito conquistado contra as donas da casa. “Jogamos em um ginásio fantástico e, embora só se pudessem escutar alguns poucos aplausos de apoio ao Brasil, a equipe foi capaz de controlar bastante bem essa pressão”.

O público de mais de 19 mil pessoas torceu para as representantes do país-sede.

“Este é outro grande passo para o handebol brasileiro, provavelmente é o maior até agora”, disse Soubak. “Estamos orgulhosos, também muito contentes, porém realmente mais orgulhosos que contentes”.

Ele criticou a situação atual do handebol no país e cobrou melhoras.

“Espero que quem trabalhe com handebol no Brasil comece a trabalhar direitinho e planeje melhor do que está hoje. Do jeito que está, não vai mudar nada. Estamos totalmente dependentes das meninas que estão na Europa. Não é por causa do que é feito no Brasil que estamos aqui. Nem um pouco. Se o Brasil daqui a três anos produzir cinco, oito jogadoras, beleza. Mas eu quero ver o Brasil produzir um time inteiro que vá para a Seleção adulta”, opinou.