Escândalo de manipulação motiva novas prisões e Itália corta jogador
   29 de maio de 2012   │     0:07  │  0

Criscito está afastado do selecionado italiano

Em mais uma ação da ampla investigação sobre manipulação de resultados no futebol, as autoridades da Itália foram no dia de ontem até a concentração da seleção nacional para ouvir o lateral-esquerdo Domenico Criscito, além de terem feito dezenas de prisões, incluindo Stefano Mauri, capitão da Lazio. A Federação Italiana de Futebol confirmou que Mauri foi uma das 14 pessoas presas.

A polícia está investigando Criscito, da Itália e do Zenit St. Petersburg, menos de duas semanas antes do começo da Eurocopa. Dois carros da polícia chegaram ao CT da seleção nacional nesta manhã e permaneceram no local por mais de duas horas. Também foram feitas buscas na casa do jogador, em Gênova.

Depois disso, Criscito foi descartado da equipe que vai disputar a Eurocopa, que começa em menos de duas semanas. O jogador estava na lista inicial de 32 nomes pré-convocados por Cesare Prandelli para o torneio. O lateral, que não participou do treinamento da seleção italiana, teria pedido para ser ouvido pelas autoridades o mais rapidamente possível.

Foram abertas ações contra 19 pessoas, 11 dos quais são jogadores ou ex-jogadores, 14 foram presos, três foram colocados em prisão domiciliar e dois outros terão que se apresentar às autoridades. Cinco das prisões foram feitas na Hungria.

Mais de 50 pessoas já foram presas na Itália desde o ano passado como parte da investigação iniciada pelas autoridades judiciais em Cremona. Cristiano Doni, ex-capitão da Atalanta, foi banido do futebol por três anos, enquanto Giuseppe Signori, ex-capitão da Lazio, também foi preso.

Atalanta, Novara e Siena, todos da primeira divisão italiana, estavam entre os 22 times italianos notificados no início deste mês que estão sendo investigados pelas autoridades desportivas. Segundo os promotores de Cremona, o esquema de manipulação de resultados é extenso, passando por Cingapura e América do Sul, e estaria em operação há mais de 10 anos.