Zico segue 100% à frente do CSKA Moscou (RUS): em amistoso disputado ontem, a equipe russa bateu o Zilina (SVK) por 2 a 1. Dzagoev e Daniel Carvalho marcaram para o time do Galinho; outro brazuca, Adauto, descontou para os eslovacos.
Em fase final de preparação para a temporada, o CSKA venceu os quatro amistosos que disputou em 2009. Além do Zilina, a equipe de Zico já havia derrotado NK Osijek (CRO), Hakoah (ISR) e Maccabi Netanya (ISR).
O próximo compromisso dos russos será contra o Aston Villa, no próximo dia 18, pelas oitavas-de-final da Copa Uefa.
Durante período de treinos do CSKA Moscou em Israel, Zico pôde conhecer a realidade de uma país que convive com a guerra. O técnico brasileiro não sofreu com os efeitos dos conflitos na Faixa de Gaza região localizada ao sul do país , mas sentiu o que o esporte pode fazer pela paz.
O CSKA, que pelo quinto ano seguido realizou parte de sua pré-temporada em Israel, mobilizou o país. Segundo Zico, mesmo sem influenciar os conflitos, a passagem da equipe russa mostra que o futebol pode dar sua contribuição.
Os jornais destacaram muito o fato de termos vindo para cá nesse momento. Lógico que isso tem repercussão, mas não acredito que isso possa ter alguma influência no que está acontecendo em Gaza. Acho que se o mundo do futebol, com seus grandes nomes atuais, clamassem pelo fim desse conflito, aí sim poderíamos ter algo positivo, explicou.
Ocupada por palestinos, a Faixa de Gaza foi alvo de ataques israelenses do fim de dezembro até a semana passada. Os bombardeios começaram após o Hamas, partido palestino extremista que detém o poder político na região, encerrar unilateralmente a trégua com israelenses.
A delegação do CSKA ficou concentrada em Caesarea, cidade no distrito de Haifa, a cerca de 60km de Tel Aviv. Distante da Faixa de Gaza, a região não foi atingida pelos conflitos. Ainda assim, é visível a preocupação com a segurança dos civis.
Aqui em Israel existe sim um forte controle de vigilância nas ruas de Jerusalém e no aeroporto de Tel Aviv. Mas são procedimentos de rotina, para própria segurança das pessoas. O que posso dizer é que a tranquilidade foi total para fazermos nosso trabalho, explicou Zico.
Para o técnico brasileiro, o efeito de tamanha preocupação é visível a todos no país. Segundo ele, a maior parte da população israelense não é afetada pelos conflitos:
Não sentimos nada em relação ao conflito de Gaza. Conversamos com diversas pessoas que moram aqui onde estávamos treinando e também quando saíamos para jogar em Tel Aviv. Também fomos a Jerusalém e todos falam que, se não lerem jornal ou assistirem à TV, não parece que o país está em guerra em uma parte dele.
