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Entenda por que John Kennedy foi expulso ao comemorar gol com torcedores
   6 de novembro de 2023   │     1:00  │  0

John Kennedy foi expulso após marcar na final da LibertadoresJohn Kennedy foi expulso após marcar na final da Libertadores — (Foto: CARL DE SOUZA / AFP)

Atacante recebeu o segundo cartão amarelo e deixou o Fluminense com 10 jogadores após marcar o gol do desempate.

Do céu ao inferno em questão de segundos: esse foi o roteiro do atacante John Kennedy, que saiu do banco no segundo tempo e fez o Fluminense ficar novamente à frente do Boca Juniors no placar na final da Libertadores.

Aos 8 minutos da prorrogação, ele acertou um chute forte de fora da área e correu até a arquibancada para comemorar o gol nos braços da torcida, mas recebeu o segundo cartão amarelo e terminou expulso.

Entenda o motivo.

O cartão recebido pelo jogador é uma infração prevista pela IFAB, entidade que regula as regras do futebol. Na comemoração dos gols — mesmo se o tento for anulado — os jogadores podem ser punidos em quatro ocasiões: subir nos equipamentos de proteção do campo e/ou se aproximar dos torcedores de modo a causar falhas de segurança ou ferir os princípios de segurança; fazer gestos ou ações provocativas, debochadas ou inflamatórias; cobrir a cabeça ou o rosto com máscara ou outro artigo similar; tirar a camisa ou cobrir a cabeça com a camisa, ou outros itens similares.

Assim, como John Kennedy já havia recebido um cartão amarelo aos 44 minutos do segundo tempo, por lance perigoso com o meia Ezequiel Fernández, ele recebeu a segunda punição e foi expulso.

Arivaldo Maia com Laís Malek – Redação do EXTRA – Rio de Janeiro

Fluminense é campeão da Libertadores pela 1ª vez com gols de Cano e Kennedy contra o Boca Jrs
   4 de novembro de 2023   │     22:00  │  1

 

O Fluminense é campeão da Libertadores pela primeira vez em seus 121 anos de existência. O nome do clube se junta a tantos outros da Glória Eterna cravados no troféu. É um sabor novo para os tricolores.

O Fluminense é campeão da Libertadores pela primeira vez em seus 121 anos de existência. O nome do clube se junta a tantos outros da Glória Eterna cravados no troféu. É um sabor novo para os tricolores. E deve ser aproveitado até o Mundial da Fifa, de 12 a 22 de dezembro, quando o time do Rio medirá forças, entre outros, com o poderoso Manchester City, de Pep Guardiola. Isso se ambos chegarem à final. A cidade é do torcedor fluminense. O time ganhou do Boca Juniors por 2 a 1 com a prorrogação, após empate no tempo normal por 1 a 1.

Foi do argentino Cano o primeiro gol da partida. Em um toque só dentro da área, como de costume, o atacante abriu a contagem no Maracanã diante de 69 mil torcedores. Cano tem 35 anos e 13 gols na competição. É o seu artilheiro. Seu gol foi marcado aos 35 de bola rolando. Mas foi o garoto John Kennedy o herói da conquista. Ele marcou um golaço na prorrogação após passe de Keno. No tempo normal, o Boca empatou com Advíncula. O Fluminense mereceu a conquista. Mas não foi fácil como parecia. O final foi dramático porque Kennedy foi expulso na comemoração do gol.

ESCOLA DINIZ NA DECISÃO

O Fluminense foi um time cauteloso nos primeiros 45 minutos. E assim seguiu. Tinha uma proposta: ficar com a bola. Aos 15 minutos, tinha 82% de posse. Fazia o que queria com ela. Não tinha pressa para nada, como disse Ganso em determinado momento para seus companheiros: “calma, calma”.

Foi beneficiado nesse enredo pela passividade do Boca, que marcava do meio para trás e não adiantava a marcação por nada. Teve dois contra-ataques mais perigosos antes do gol do Flu. Fernando Diniz mandou seus jogadores controlarem a disputa e foi isso que eles fizeram sob o comando de Ganso e Marcelo, que chorou antes mesmo da conquista. Keno travou boa disputa pela esquerda com Advíncula até ele se mandar para o lado direito e deixar o rival perdido.

Foi pelo lado direito, com Arias também por ali, e bem, que o Fluminense foi mais forte. A jogada de gol nasceu com Keno antes de chegar a Cano. Keno e Cano. Mortais. Em nenhum momento o Boca fez mais para merecer outra sorte. Teve ainda uma cabeçada de Valentini em Ganso, em disputa antes de escanteio na área tricolor, que poderia ter dado cartão para o jogador argentino. O juiz deixou o jogo correr solto.

A bola continuou com o Fluminense no segundo tempo. A vantagem fez o time do Rio ter ainda mais tranquilidade, embora a atenção na marcação passou a ser dobrada. E as divididas também. O Boca teve de sair um pouco mais, tentar ficar com a bola um pouco mais e chutar a gol um pouco mais também. No entanto, não mostrou a fama que carregou para o Maracanã.

Melhorou, mas não tanto. Sua torcida, que tomou o Rio de assalto na semana da decisão e fez festa e bagunça na praia de Copacabana, entendeu a dificuldade. Cantou menos. Mas era o Boca e com o Boca não se brinca. O time chegou à final sem ganhar nenhuma partida no mata-mata. Empatou todas.

Cavani e Barco, os craques, foram tímidos e trocados. Numa dessas jogadas de fora da área, Advíncula chutou da esquerda e empatou, mudando tudo. Ele não teve marcação. Foi de longe a melhor jogada do time argentino. O gol aconteceu aos 26 minutos. A disputa era mais perigosa para o Fluminense. O jogo passou a ser brigado. O empate levaria a decisão para a prorrogação. Nos acréscimos, Diogo Barbosa teve a bola do jogo e chutou para fora. Keno pediu e não recebeu.

PRORROGAÇÃO

Mais 30 minutos de bola rolando. Se precisasse, decisão iria para os pênaltis. Foi de Keno a primeira tentativa. Romero pegou fácil. O jogo não tinha mais favorito, principalmente depois das mudanças necessárias de Diniz. Mas era o Boca que estava com a bola e encurralava o time brasileiro. Os pênaltis sempre foram uma boa estratégia para os argentinos por causa do bom goleiro Romero. O Fluminense tinha o contra-ataque. Era o Boca agora que mostrava sua estratégia.

Aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação, no entanto, John Kennedy fez um golaço, 2 a 1, mas ele foi para a mureta do Maracanã se deixar abraçar pela torcida, em festa. Não se deu conta de que já tinha amarelo e recebeu outro pela comemoração. Foi expulso, como manda a regra. Errou. O jogo esquentou, teve tapa na cara e mais um vermelho, desta vez para Fabra.

O segundo tempo da prorrogação foi tenso. Teve uma bola na trave do Boca, de Guga, que não entrou. O Fluminense segurou a vantagem e festejou sua primeira Libertadores.

(Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C.)

Arivaldo Maia com Redação do ESTADÃO CONTEÚDO

 

Herói do título do Fluminense na Libertadores, John Kennedy iniciou 2023 rebaixado no Paulistão e deu a volta por cima
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John Kennedy comemora o gol sobre o Boca Juniors que deu o título da Libertadores para o Fluminense

John Kennedy comemora o gol sobre o Boca Juniors que deu o título da Libertadores para o Fluminense — (Foto: Alexandre Cassiano)

Centroavante de 21 anos foi emprestado para a Ferroviária-SP por falta de oportunidades no elenco principal do tricolor carioca.

John Kennedy viveu neste sábado aquele momento com o qual todo jogador sonha. Fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors e deixou o Maracanã como herói do título da Libertadores do Fluminense. Um heroísmo que não chega a ser surpreendente, dado que o centroavante era um dos destaques da equipe de Fernando Diniz. Mas quem vê o início do ano do jogador não poderia imaginar que ele terminaria assim.

Kennedy começou a temporada emprestado à Ferroviária, de São Paulo. Por problemas de comportamento, o atacante perdeu espaço no elenco tricolor. A ida para a equipe paulista foi uma espécie de “última chance”. Que ele aproveitou.

É verdade que a Ferroviária acabou o Paulista rebaixada à Série A2. Mas John Kennedy foi um ponto fora da curva desta campanha. Foram seis gols em 11 jogos, performance que levou a comissão técnica do Fluminense a voltar a olhar para ele como uma peça que poderia ser aproveitada.

E como foi. Kennedy agarrou com vontade a chance que lhe foi dada. Em 32 partidas com a camisa tricolor, o jogador de 21 anos marcou nove gols. Quatro deles pela Libertadores, como o que deu o título para o Fluminense.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA – Rio de Janeiro

Fluminense x Boca: prováveis escalações e tudo que você precisa saber sobre a final da Libertadores
     │     11:35  │  0

Fluminense e Boca Juniors se enfrentam neste sábado, às 17h, no Maracanã. O time carioca vai em busca do seu primeiro título continental - (crédito: ed arte)

Chegou o grande dia para Boca Juniors e Fluminense. Hoje, (4), as duas equipes se enfrentam pela decisão da CONMEBOL Libertadores, logo mais às 17h (de Brasília), no Maracanã.

Para a grande final, o Boca Juniors sabe que não poderá contar com Marcos Rojo, expulso diante do Palmeiras na semifinal, e Exequiel Zeballos, que se machucou no início do mês de outubro. Além disso, Benedetto tem uma lesão muscular e é dúvida para o confronto, assim como o zagueiro Valentini.

A provável escalação do Boca Juniors para a final é: Romero; Advíncula, Figal, Valentini e Fabra; Medina, G. Fernández, E. Fernández e Valentin Barco; Merentiel e Cavani

Por outro lado, no Fluminense, Fernando Diniz deverá contar com o zagueiro Nino, que havia sofrido uma entorse no joelho e tem tratado noite e dia para poder ir a campo no sábado.

O provável Fluminense que vai a campo na final é: Fábio; Samuel Xavier, Marlon (Nino), Felipe Melo e Marcelo; André, Alexsander (Martinelli) e Ganso; John Arias, Keno e Cano. 

Arbitragem
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)

Árbitro assistente 1: Alexander Guzman (COL)

Árbitro assistente 2: Dionisio Ruiz (COL)

Quarto árbitro: Andres Rojas (COL)

Quinto árbitro: Wilmar Navarro (COL)

]VAR: Juan Lara (CHI)

AVAR 1: Angelo Hermosilla (CHI)

AVAR 2: Edson Cisternas (CHI)

Destaques dos dois times

Edinson Cavani – o craque uruguaio foi contatado pelo Boca Juniors com a competição rolando e tem sido um dos destaques da equipe na atual edição da competição. Experiente e com muito repertório de bola, o ex-PSG é o grande nome do time argentino para a decisão.

Cano – Com 12 gols marcados e duas assistências em 11 partidas nesta edição de Libertadores, o centroavante argentino é a grande esperança de gols do Fluminense para lutar pela conquista do inédito título para o Tricolor das Laranjeiras.

Histórico no torneio

O Boca Juniors soma seis títulos da CONMEBOL Libertadores em sua história. A equipe argentina ficou com o troféu em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007.

O Fluminense busca pela primeira vez o título da competição. O mais próximo que ficou do troféu foi o vice-campeonato, em 2008, após derrota na final para a LDU, em jogo que narrei no Maracanã, com o Timaço da Gazeta.

Arivaldo Maia e Redação da ESPN.com.br

Fluminense tenta apagar traumas no Maracanã por inédito título da Libertadores contra o Boca
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O Fluminense mais uma vez terá o Maracanã como palco de sua luta pelo inédito título da Copa Libertadores e a primeira conquista continental de sua história. Depois de perder a final para a LDU, em 2008, e ser derrotado novamente pelos equatorianos na decisão da Copa Sul-Americana, no ano seguinte, os cariocas enfrentam o Boca Juniors, hoje, às 17h (horário de Brasília), buscando exorcizar os traumas anteriores para alcançar a Glória Eterna.

A Libertadores tornou-se uma obsessão para os tricolores não somente pela possibilidade de erguer a taça pela primeira vez, mas também pela melancólico revés ocorrido 15 anos atrás. Depois de ser derrotado fora de casa por 4 a 2 pela LDU, o Fluminense venceu de virada, por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves, e levou a decisão para os pênaltis. Os comandados de Renato Gaúcho acabaram sendo derrotados na marca da cal pelo mesmo placar, com Thiago Neves, Conca e Washington errando suas cobranças, deixando 86 mil pessoas engasgadas no Maracanã.

Coincidentemente, Fluminense e LDU reeditaram a final um ano depois, em 2009, pela Copa Sul-Americana. No confronto de ida, o time carioca sofreu com a altitude de Quito e perdeu o confronto de ida por 5 a 1. No duelo de volta, novamente no Maracanã, a equipe tricolor venceu por 3 a 0, ficando a um gol de levar o confronto para os pênaltis, e viu novamente o clube do Equador dar a volta olímpica no Rio. A LDU se sagrou bicampeã da Sul-Americana no último sábado, ao derrotar o Fortaleza nos pênaltis, por 4 a 3, depois de empate por 1 a 1 no tempo normal.

Apesar de ter ficado com o vice, a campanha na Libertadores de 2008 guarda momentos emblemáticos para os torcedores do Fluminense. Um deles é justamente os confrontos com o Boca Juniors na semifinal daquele ano. Na Argentina, Riquelme marcou duas vezes para os donos da casa, mas Thiago Neves e Thiago Silva garantiram o empate fora de casa. No Maracanã, a equipe tricolor saiu atrás do placar, virou para 3 a 1 e garantiu a classificação para a final inédita eliminando os atuais campeões, repetindo um feito que apenas o Santos de Pelé havia conseguido.

TERROR DOS BRASILEIROS

O Boca Juniors de 2023 está longe de ser aquela equipe que encantou o futebol sul-americano nos anos 2000, mas o peso de sua camisa e a capacidade de controlar as emoções das partidas, sempre apoiados pela fanática torcida, fizeram a equipe chegar à final da Libertadores, mesmo que aos trancos e barrancos. O time argentino se classificou nas penalidades em todas as fases eliminatórias, eliminando o Palmeiras, no Allianz Parque, na semifinal.

Na história da Libertadores, o Boca Juniors disputou seis finais contra equipes brasileiras e saiu vitorioso em quatro oportunidades: em 2007, 2003, 2000 e 1977, tendo como vices Grêmio, Santos, Palmeiras e Cruzeiro, respectivamente. Os únicos times brasileiros a derrotarem o Boca em uma decisão de Libertadores foram o Corinthians, em 2012, e o Santos de Pelé, em 1963. Em 2012, o Fluminense enfrentou os argentinos nas quartas de final e foi eliminado ao empatar por 1 a 1, no Rio, depois de uma derrota por 1 a 0 em Buenos Aires.

Os destaques da equipe são o experiente goleiro Sergio Romero, que defendeu ao menos duas cobranças em todas as disputas por pênaltis na edição deste ano, o astro Edinson Cavani, segundo maior artilheiro da seleção uruguaia, e a promessa Valentín Barco, de apenas 19 anos, mas considerado o melhor jogador do time. À imprensa argentina, a revelação demonstra confiança e afirma que o Boca vai se sentir “em casa” no Maracanã.

A finalíssima da Copa Libertadores 2023 acontece neste sábado, às 16h (horário de Brasília), no Maracanã. O duelo será decidido em jogo único. Em caso de empate no tempo normal e na prorrogação, a disputa irá para os pênaltis. O confronto será transmitido pela Globo (TV aberta), ESPN (canal fechado) e Star + (streaming).

Caso vença a decisão, o Fluminense se tornaria o 26º clube a conquistar a Libertadores, o décimo no Brasil. O Boca, por sua vez, tenta igualar o número de troféus do também argentino Independiente (7) e se tornar o maior campeão do torneio. Os países já decidiram a competição 15 vezes, com seis vitórias brasileiras e nove argentinas. Ao todo, são 25 títulos da Argentina, contra 22 do Brasil. Uruguai (8), Colômbia (3), Paraguai (3), Chile (1) e Equador (1) também já tiveram equipes campeãs.

Arivaldo Maia com Redação do ESTADÃO CONTEÚDO