Nem na Copa Alagoas o CSA conseguiu ter um desempenho correspondente ao seu tamanho no futebol brasileiro – (Foto: A I L T O N C R U Z)
Em termos de aproveitamento, temporada de 2023 supera apenas 2019, ano do rebaixamento na Série A.
É fato que 2023 ficou engasgado na garganta do torcedor azulino. Pois, se 2022 conseguiu ser ruim com o rebaixamento para a Série C, esta temporada foi ainda pior, sem o acesso e um desempenho pífio nas outras competições. A prova está justamente nos números, já que 2023 foi o ano em que o CSA menos venceu, desde 2015, quando não tinha nem divisão nacional.
Por conta do rebaixamento, o número de jogos neste ano foi menor. Com 48 partidas em 2023, o Azulão venceu apenas 14 vezes, empatou 19 e foi derrotado em 15 oportunidades. Um aproveitamento de 42,3%. Esse número de vitórias só supera 2015, quando o clube venceu seis vezes na temporada. Na época, disputava apenas o Campeonato Alagoano e não tinha divisão nacional.
Mas não para por aí. Além dos números ruins nas vitórias, o aproveitamento está longe de ser o ideal. Para se ter uma ideia, nesses últimos sete anos, o único aproveitamento pior que 2023 foi em 2019, ano em que o CSA esteve na Série A e foi rebaixado. Mesmo assim, faturou o Campeonato Alagoano naquela temporada.
Os números não se limitam à Série C. Ao longo do ano, na maioria das competições o time azulino decepcionou, desde o Estadual até o Nacional.
Além disso, sofreu uma derrota marcante para o Desportivo Aliança, que até então não havia vencido ninguém no campeonato. Inclusive, a vitória da Arara aconteceu no Rei Pelé. Foi a pior campanha do CSA no Campeonato Alagoano, desde 2014.
Copa Alagoas
Nem mesmo na charmosa Copa Alagoas o CSA deixou de decepcionar. Depois de iniciar o torneio com sua base, o time azulino precisou levá-lo a sério na reta final da fase de grupos. Como foi eliminado precocemente do Alagoano, o Azulão tinha que ser campeão do torneio para ter chances de alcançar uma vaga na milionária Copa do Brasil de 2024.
A garotada iniciou mal a competição: três derrotas e um empate em quatro jogos. O profissional entrou na disputa, em março, e conseguiu classificar o time marujo em 3º lugar no Grupo B, após vitórias sobre CSE e Miguelense.
No mata-mata a situação ficou difícil. Logo de cara, o CSA enfrentou um forte Coruripe, no Gerson Amaral. Após empate por 1 a 1, no tempo normal, o Azulão conseguiu a classificação nos pênaltis. Parecia que ali a temporada ia decolar, com o recém-chegado Vinícius Bergantin, mas vieram as semifinais e uma nova eliminação.
A partida contra o ASA, em Arapiraca, teve requintes de crueldade. O CSA vencia por 1 a 0, até os 48 minutos do segundo tempo, quando tomou o empate que levou aos pênaltis. Na marca da cal, Cedric e Anderson Pará desperdiçaram e o Azulão foi eliminado. Com isso, garantiu que não vai disputar a Copa do Brasil do ano que vem.
Copa do Nordeste
No Nordestão, mais decepção. O time marujo até conseguiu avançar nos dois mata-matas anteriores aos grupos, contra Potiguar de Mossoró e América-RN, mas, na fase de grupos, houve poucos momentos de felicidade.
A equipe até venceu o Vitória na 2ª rodada, por 3 a 1, porém, não passou disso. Dos oito jogos que fez, somou apenas esse triunfo, além de quatro empates e três derrotas. O CSA ficou em último no Grupo B, longe de classificação.
Copa do Brasil
Talvez o único torneio que trouxe felicidade para o Azulão foi a Copa do Brasil. Surpreendendo muitos, por pouco o CSA não alcançou as oitavas de final. Na primeira fase, eliminou a Tuna Luso, jogando em Belém, e vencendo por 1 a 0. Na segunda fase, despachou o Brusque no Rei Pelé, também vencendo por 1 a 0.
Na terceira fase, o desafio foi o Internacional, hoje semifinalista da Libertadores. Em Porto Alegre, o CSA teve uma bela atuação, mas perdeu por 2 a 1. Em Maceió, todavia, o Azulão devolveu o resultado com uma atuação invejável. A parte ruim da história é que a queda se deu, mais uma vez, nos pênaltis.
Desempenho do CSA na Copa do Nordeste/23 ficou longe do que sua ‘Nação’ esperava –
Foto: A I L T O N C R U Z)
Arivaldo Maia com Guilherme Nobre – Redação da Gazetaweb
