Estádio Mangueirão, em Belém, recebeu dois clássicos Re-Pa, recentemente, como eventos-testes — (Foto: Rafael Amaral)
Delegacia da Mulher inicia os atendimentos no próximo domingo, dia 9, durante o clássico Re-Pa.
O Novo Mangueirão contará com uma sala de atendimento para mulheres vítimas de violência.
A medida surge para garantir o cumprimento da lei e a efetivação de políticas públicas que protejam e garantam segurança às mulheres dentro dos estádios.
A delegacia vai iniciar os atendimentos no próximo domingo, dia 9, durante o clássico entre Remo e Paysandu, na reinauguração oficial do Colosso.
A instalação da unidade itinerante da Delegacia da Mulher no estádio foi articulada Secretaria de Estado da Mulher (Semu), a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e a Polícia Civil do Pará.
Paulo Gomes, secretária de Estado da Mulher, destaca que a iniciativa tem como o objetivo o bem-estar do público feminino no estádio.
– (…) E possam desfrutar de um ambiente seguro e respeitoso, para vivenciarem o esporte junto com a família e amigos, seja como forma de lazer, atividade ou sustento. A mulher que passar por qualquer importunação ou assédio pode ser direcionada imediatamente e denunciar seu agressor.
Entre os principais focos de atenção da unidade está o enfrentamento direto e imediato frente aos delitos de importunação sexual e relacionados à violência de gênero.
Essa ação integrada entre os órgãos estaduais vai garantir que a delegacia atue diretamente em várias frentes, de acordo com Daniela Santos, delegada-geral adjunta da Polícia Civil.
– Nós fazemos todo um trabalho para a educação sobre o tema, com panfletos e policiais informando que a importunação sexual é um crime previsto em lei. Agora, com o novo Mangueirão, nós pretendemos ampliar a atuação da Polícia Civil não apenas na educação, mas também com repressão e a realização de procedimentos policiais, caso haja algum tipo de violência de gênero contra a mulher.
As mulheres serão acolhidas, e as demandas serão atendidas dentro do protocolo de atenção às vítimas de violência. Isso vai garantir que a mulher se sinta mais segura, e nós mostramos para a sociedade que os espaços públicos são ambientes de todos, independentemente de gênero.
— Daniela Santos, delegada-geral adjunta da Polícia Civil
Arivaldo Maia com Redação do ge — Belém