Torcedor do CRB relata momentos de pânico durante agressão de organizada do CSA: “Se saísse do carro, eu morria”
   24 de janeiro de 2023   │     12:00  │  0

Torcedores de organizada do CSA depredam carro em Mangabeiras, Maceió — Foto: Reprodução/Vídeo

Delinquentes: torcedores de organizada do CSA depredam carro em Mangabeiras – Foto: Reprodução)

Francisco dos Santos é taxista e ainda está pagando veículo que foi depredado por vândalos nesse domingo, em Mangabeiras: “Único patrimônio que tenho para dar de comer a minha família”.

– Quando cheguei em frente ao shopping, vi essa multidão de gente me agredir, quebrando o meu carro, batendo em mim… Eu fiquei aperreado, sem saber o que fazer, agoniado dentro do carro, sem poder sair. Se saísse, eu morria, e fiquei dentro do carro abaixado.

Francisco dos Santos, que é taxista, contou que o carro serve para sustento da família e disse que não sabe como será o futuro.

– Eles destruíram meu carro todo. O único patrimônio que tenho para trabalhar, pra dar de comer a minha família é aquele carro. Agora estou aqui de pé, com um carro emprestado para trazer o meu neto ao médico e não sei o que vai ser daqui pra frente – lamentou, dizendo que o veículo é financiado.

– O carro pra pagar, devo a metade do carro, o banco não quer saber se você está doente ou com o carro quebrado. Ele (banco) quer receber. E como é que vou trabalhar?

Presidente do CRB revela ‘vaquinha’ para ajudar torcedor que teve carro apedrejado

Mário Marroquim diz que conselheiros vão colaborar com regatiano vítima de vandalismo.

– Estamos trabalhando para ajudar o rapaz. A própria diretoria já colocou no grupo do Conselho (Deliberativo) pra fazer uma vaquinha.

Marroquim também comentou a imprudência por parte da segurança pública de Alagoas em permitir a realização de eventos simultâneos envolvendo torcidas rivais.

– Mas acho um ato de irresponsabilidade colocar a nossa única alternativa de saída do Rei Pelé, num dia do jogo da Copa do Nordeste, pra fazer uma festa da Mancha Azul (organizada do CSA).

“Então é preciso ter responsabilidade com as famílias. Poderia ter tido casos piores, então fico muito triste com essa falta de consciência.”

O Ministério Público de Alagoas divulgou uma nota oficial afirmando que manteve contato com a Polícia Militar e já solicitou relatório para identificação das torcidas e dos envolvidos para sejam adotadas as medidas cabíveis.

O comando da Polícia Militar salienta ainda que não houve comunicação prévia dos dirigentes das torcidas organizadas envolvidas sobre nenhum evento promovido, pelas mesmas, no último final de semana.

A PMAL solicita ainda que a população continue denunciando atos similares pelo 181 e pelo 190 e que os lesionados pelos atos ilícitos registrem as ocorrências na Delegacia de Polícia Civil Competente.

Arivaldo Maia e Redação do ge – Alagoas