Seleção brasileira é a mais objetiva da Copa; rankings comparam classificados às quartas de final
   9 de dezembro de 2022   │     7:00  │  0

Richarlison marca contra a Coreia do Sul após extraordinária troca de passes no ataque — Foto: REUTERS/Annegret Hilse

Richarlison marca contra a Coreia do Sul após extraordinária troca de passes no ataque — (Foto: REUTERS/Annegret Hilse)

Brasil faz uma finalização a cada 31,5 passes no Mundial e só França tem desempenho próximo.

A seleção brasileira se tornou a equipe mais objetiva entre as classificadas para as quartas de final da Copa do Catar, a equipe que precisa trocar menos passes para cada finalização realizada no Mundial. Com 2.140 passes trocados e 68 finalizações construídas, em média a equipe brasileira faz uma finalização a cada 31,5 conclusões.

Só a seleção francesa consegue se aproximar da objetividade brasileira, com um gol a cada 33,8 passes trocados, em média. A terceira colocada é a seleção de Portugal, que com um gol a cada 38,8 passes precisa tocar a bola 23% mais que a seleção brasileira para conseguir um gol. Veja abaixo a comparação entre os classificados para as quartas de final.

Produtividade ofensiva

Em grande parte, essa objetividade brasileira se deve ao fato de a seleção ser a equipe que mais finaliza nesta Copa, com média de 17 finalizações por partida. Mais uma vez, a França tem a equipe que mais se aproxima do desempenho brasileiro, com média de 16,3 conclusões por partida.

Eficiência ofensiva

A notícia ruim é que na totalização de toda a Copa, a seleção brasileira ainda tem a pior eficiência ofensiva de todos os classificados para as quartas de final, com um gol a cada 9,7 conclusões. A equipe mais eficaz é a da Inglaterra, que fez um gol a cada 3,8 tentativas.

A boa notícia é que mesmo demonstrando um imenso respeito pela Coreia do Sul no segundo tempo, nas oitavas de final o Brasil melhorou muito sua eficiência, com um gol a cada 4,3 tentativas. Com a goleada por 6 a 1 contra a Suíça, foi Portugal a seleção que conseguiu a melhor eficácia na fase recém-encerrada: um gol a cada 2,2 finalizações. Dos classificados, Marrocos foi o único país que não fez gol nas oitavas. A equipe marroquina fez seis finalizações contra a Espanha.

Combatividade

Equipe que menos fica com a bola, resta ao Marrocos a dedicação da combatividade. Como é de se esperar, quem tem mais posse de bola é menos combativo, porque o adversário quase não fica com a bola. O lado bom disso é que o Brasil tem a mesma média de desarmes do combativo Marrocos e só não lidera o ranking de combatividade porque a equipe brasileira é, entre as oito classificadas, a que menos comete faltas.

Finalizações sofridas

Com seu estilo ultradefensivo, Marrocos é a seleção que menos gols sofreu entre os classificados para as quartas de fina da Cpa do Catar, apenas um, e ainda foi um gol contra. A seleção brasileira sofreu dois, um na derrota contra Camaões (0 a 1) e um na goleada por 4 a 1 contra a Coreia do Sul. A diferença é que Marrocos tem vivido sob pressão.

A defesa brasileira também se destaca por ser a segunda entre os classificados que menos finalizações sofreu, 24, média de 6,0 por partida. Só a Argentina conseguiu permitir ainda menos finalizações a seus adversários, apenas 15, média de 3,8 conclusões contrárias por partida.

A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti. Timaço do GE.

Arivaldo Maia, Bruno Imaizumi e Valmir Storti – Redação do GE – Rio de Janeiro