Botafogo perde para o Inter no Nilton Santos e esfria escalada no Brasileiro
   18 de outubro de 2022   │     23:00  │  0

(Foto: Vitor_Silva / Vitor Silva/Botafogo)

Em partida equilibrada taticamente, era necessário que o talento entrasse em campo para fazer a diferença no duelo entre Botafogo e Inter, no estádio Nilton Santos. E a reação mais corajosa de Mano Menezes aos ajustes de Luís Castro no segundo tempo redundou em vitória do vice-líder do Brasileiro fora de casa, gol de Brian Romero, e novo tropeço dos cariocas em seus domínios.

O resultado joga um balde de água fria na sequência alvinegra recente, de cinco vitórias em sete jogos, e afasta a equipe da briga por uma vaga na Libertadores de 2023, agora na décima posição.

As duas equipes tiveram dificuldades iniciais de se impor no jogo e encontrar os espaços. Mesmo com maior controle no começo, o Botafogo demorou a criar situações ofensivas, mas se manteve organizado. Do lado do Inter, que esperou mais em seu campo, a transição ao ataque em velocidade era a estratégia.

Ao longo de todo o primeiro tempo, a tônica foi de um Botafogo que propunha o jogo, sobretudo pelo lado esquerdo, com Marçal e Victor Sá, e um Inter que respondia na mesma moeda, trabalhando as jogadas pelos dois lados para tentar gerar perigo, mas priorizando justamente as costas da defesa pela esquerda.

Na prática, os dois times só conseguiram ter chances mais claras no fim da primeira etapa. O Botafogo assustou em cobrança de falta, e o Inter em jogada entre Alemão e Alan Patrick, que por pouco não concluiu sem goleiro. Nada além disso.

No segundo tempo, em função da falta de criatividade, vieram os gritos por Jeffinho para entrar no Botafogo. A torcida começou a ficar apreensiva com a dificuldade do time de abrir o placar em seu estádio. O técnico Luis Castro não demorou a atender ao pedido, e o atacante entrou no lugar de Victor Sá.

Foi quando Mano Menezes triplicou a aposta. Lançou três jogadores no ataque – Taison, Liziero e Brian Romero – e o argentino minutos depois apareceu em bola espirrada na área após conclusão de Edenilson para abrir o placar. O gol fez Luís Castro ousar mais nas mexidas, mas a consequência natural foi uma maior exposição defensiva.

O Inter gostou do jogo e dominou os minutos finais com mais qualidade para ampliar. Ao Botafogo, restou uma pressão mais desordenada, que não gerou situações de perigo concreto. As vaias no fim para uma apresentação regular na maior parte do tempo pareceram amargas demais, mas de fato retrataram a incompetência da equipe de transformar o domínio em gols.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA