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Etcheverry em amistoso de veteranos em Cochabamba — (Foto: Reuters)
Em entrevista à imprensa local, “El Diablo”, autor de um dos dois gols da primeira derrota do Brasil na estreia das Eliminatórias, se mostra incomodado com treinador: “Tomara que façam quatro gols”
Tema muito caro para o povo boliviano, a altitude entrou em debate horas antes do duelo entre Bolívia e Brasil pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 – ainda há jogo suspenso contra a Argentina a cumprir pela seleção brasileira.
A bola vai rolar para mais uma partida da Seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022. O time do técnico Tite, que está classificado para o Mundial da Fifa, encara a Bolívia, que não tem mais chances de ir ao torneio. O jogo, válido pela 18ª rodada, acontece hoje no Estádio Hernando Siles, em La Paz, logo mais às 20h30 (de Brasília).
A partida tem transmissão da Globo, SporTV e do ge, com live antes da partida, para todo o Brasil.
O preparador físico da seleção brasileira, Fabio Mahrseradjian, classificou os jogos na altitude como “doping ambiental” e uma arma dos bolivianos. Tite, em entrevista coletiva, explicou que seu time não seria tão vertical porque a altitude não permite e classificou a condição de jogo nos 3.600 metros como desumana. Os atuais jogadores bolivianos não se manifestaram.
A expectativa de público é razoável. Até o início da noite de segunda, cerca de 13 mil ingressos tinham sido vendidos – aproximadamente metade desses, porém, de torcedores que compraram pacote para todos os jogos das Eliminatórias
Mas coube a Marco “El Diablo” Etcheverry, hoje aos 50 anos – autor de um dos dois gols da vitória histórica boliviana sobre o Brasil em 1993 (2 a 0, a primeira da seleção brasileira em Eliminatórias) -, reagir e se manifestar. Ídolo do futebol do país, ele foi duro na resposta a Tite, em entrevista ao “Futbolmanía”, veículo boliviano.
– Tomara que façam quatro gols pelas desculpas que estão colocando. Não quero dizer outras palavras porque pensarão que são discrimatórias, mas me parece que Tite é um covarde. Ficar falando de altitude quando eles já estão classificados para a Copa… me parece muito covarde. Isso me incomodou muito, não o havia escutado antes. Tite é um covarde – disse Etcheverry.
O vice-presidente da Federação Boliviana de Futebol, Edwin Callapino, também se mostrou contrariado com a declaração de Tite e disse que a FBF vai fazer manifesto formal na próxima reunião do comitê executivo da Conmebol, que reúne dirigentes de todas as federações sul-americanas.
– Faremos isso de maneira formal contra o treinador (Tite). É ilógico o que ele disse e na Bolivia se joga em altitude ainda maior. Vamos analisar o tema para que na próxima Eliminatórias não falem dessa maneira ninguém em nenhuma coletiva de imprensa – disse o dirigente.
Federação
Na história, as seleções já se enfrentaram 31 vezes: 22 vitórias brasileiras, 4 empates e 5 derrotas. Em Eliminatórias, são 16 jogos, com 9 vitórias do Brasil, 4 empates e 3 vitórias da Bolívia.
A seleção tem 42 pontos e vai a campo para tentar apenas a terceira vitória na história em La Paz. Venceu em 1981, pelas Eliminatórias, e em 1997, na final da Copa América de 1997. Se vencer, bate o recorde argentino da equipe de Marcelo Bielsa na classificatória para o Mundial de 2002.
O Brasil está escalado com Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Éder Militão, Alex Telles; Fabinho, Bruno Guimarães, Lucas Paquetá; Antony, Richarlison e Philippe Coutinho.
Arivaldo Maia com Redação do ge — La Paz