O técnico de Cesar Cielo, Arilson Silva, permaneceu em Kazan, ao contrário do pupilo que retornou para o Brasil.
O treinador contou que Cielo “chorou demais” por “deixar a equipe na mão” ao abandonar o Mundial.
Arilson também falou que foi pedido a Cielo que desistisse da final dos 50 m borboleta na segunda-feira (3), mas o atleta rejeitou – ficou em sexto.
Foi uma lesão. Isso acontece com atletas, ainda mais no alto nível. Ele é um cara extremamente competitivo. Quando não saem as coisas do jeito que ele quer, tenta tirar de qualquer jeito, e até por isso é o campeão que é.
Às vezes passa do ponto. Ele sentiu um pouquinho [o ombro] nas finais em Vichy [no Aberto da França]. Quando nadou a 80%, foi brilhante. Só que quando colocou a potência toda, sentiu um pouco. Depois, ficamos na Holanda e achamos que o descanso iria ajudar.
Ele veio para o Mundial com uma responsabilidade completamente diferente dos outros. É um tricampeão que poderia ser tetra, ou seja, ele tem uma atração maior individualmente do que o time. Então, para esta competição, a opção foi trabalhar em cima das provas individuais dele.
Para os Jogos Olímpicos o trabalho é coletivo, porque eleva à décima potência o que estamos vivendo de pressão e exposição aqui. Precisamos estar todos juntos. É outra coisa. Na preparação para cá, tivemos de resolver esta questão individual.
Ele tinha duas provas para defender título, o que é uma condição que pouquíssimos têm, e tivemos de dar atenção para isso. Mas, para 2016, das três provas que estamos mirando, duas são coletivas. São revezamentos.
Blog com Folha de São Pauio