Notas da Copa América
   3 de julho de 2011   │     0:07  │  0

Arivaldo Maia na Sala de Imprensa da Copa América durante a tarde de ontem

– Gostei inicialmente da organização da Copa América-2011. Como já tive oportunidade de transmitir várias edições desta competição, faço minha avaliação pelo credenciamento que representa  o 1º teste para os organizadores.

– São muitos participantes, um exército de profissionais de várias partes da América do Sul, principalmente. Tem jornalistas e radialistas até da Europa, sem esquecer a América Central, já que o México é convidado permanente.

– Imagine essa gente toda querendo credenciamento para trabalhar. Eu, por exemplo, posso circular pela Sala de Imprensa e Cabines de Rádio e TV de todos os estádios. Outros, somente na chamada Zona Mista, e assim por diante. O idioma corrente é o espanhol, já que somente os brasileiros utilizam outra língua.

– Está fazendo um frio terrível aqui. Quando fui procurar um local para o almoço de ontem, no centro de Buenos Aires, tive que usar roupa de frio, proteção especial para as cordas vocais e cabeça. Espero que hoje, em La Plata, faça um frio de menor intensidade.

– Uma informação importante para quem ainda está desejando participar da Copa América. Cuidado ao fazer câmbio aqui na Argentina. Eu mesmo fui enganado. Ao chegar no Aeroporto de Ezeiza, orientado por um funcionário da Alfãndega, fiz um pequeno câmbio de 250 reais que resultaram em 516 pesos, valor abaixo da cotação do dia. Como precisava pagar o táxi, e não queria usar o nosso dinheiro, pois é aceito por populares ou por lojas, mas com menor cotação, acabei concordando. Me passaram 250 pesos falsos que foram indentificados no interior de um restaurante.

– Quando fui pagar meu jantar fui surpreendido por um verdadeiro escândalo proporcionado pelo garçom, afirmando em voz alta que eu estava pagando com dinheiro falso. No mesmo volume de voz contestei e disse que fiz o câmbio dentro do aeroporto, mostrando o recibo.

– Mas, de nada adiantou. O jantar de 120 pesos foi devidamente quitado com a banda boa da moeda argentina que estava em meu poder. Ao retornar para o Hotel Rochester Concept, no centro da linda Buenos Aires, rasguei e joguei no lixo o dinheiro falso.

– Com tantos anos de estrada isso nunca me aconteceu. Já fiz câmbio em muitas casas pelo mundo afora e sempre troquei dinheiro honesto por dinheiro honesto. Se você faz câmbio no meio da rua, tudo bem. Ser enganado por uma casa oficial  é demais. Minha experiência vale como exemplo para outras pessoas. Pelo menos isso…

– Vale lembrar que a cotação de hoje do Real em relação ao Peso é a seginte: 1 Real está valendo 2,6 Pesos. Essa cotação muda para mais ou menos, dependendo do local do câmbio.

– Espero que o Brasil acerte o pé contra os venezuelanos na tarde de hoje. Estarei transmitindo pelo Timaço da Rádio Gazeta, ao vivo, direto de La Plata, juntamente com Warner Oliveira, Wellington Campos, Waldemir Rodrigues e todos os Craques do Timaço.

Cansei de narrar goleadas do Brasil contra a Venezuela. Ultimamente, não. Os jogadores da terra de Hugo Chaves venceram nossa seleção recentemente. De quebra, ainda empataram outro duelo.

Ontem, no Centro de Impresa, fui entrevistado por um jornalista mexicano que me perguntou: por que em toda competição a imprensa brasileira diz que sua seleção é favorita quando sabemos que não está mais apresentando o futebol mágico que encantou? Minha resposta foi rápida e imediata: porque o Brasil ganha quase todas, tem mais títulos e revela mais jogadores. Pela reação do repórter mexicano, fazendo  ‘cara feia’,  logo notei que não gostou da minha resposta.  O nosso futebol não tem mais o respeito de antes.

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