Contestado, Simon diz que merece ir à terceira Copa do Mundo
   26 de janeiro de 2010   │     0:33  │  0

SIMON DIZ QUE NÃO É O Nº 1 NA RANKING DA CBF POR ACASO
SIMON DIZ QUE NÃO É O Nº 1 NA RANKING DA CBF POR ACASO

Oito de maio de 2006. O telefone toca na residência de Carlos Simon, em Porto Alegre. Do outro lado da linha, o todo poderoso presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, informa e parabeniza o árbitro. Pela segunda vez consecutiva ele iria apitar uma Copa do Mundo.

Passados quase quatro anos completos, a cena talvez não se repita. Hoje o anúncio dos árbitros do próximo mundial é feito na página oficial da Fifa, mas com certeza o nome de Simon estará lá. O gaúcho foi o indicado pela CBF, junto com Altemir Hausmann e Ednilson Corona, para representar o Brasil na África do Sul. Ele será o único do país a participar de três Copas do Mundo. A confirmação do trio na competição deve sair até o final desta semana.

Alvo de críticas de dirigentes e jornalistas nas últimas temporadas, Simon ainda goza de muito prestígio com o alto escalão da CBF e da Comissão de Arbitragem. Nem os erros em jogos decisivos ou as polêmicas com cartolas o tiram das principais competições mundiais. “Se você pegar o ranking da CBF, hoje eu sou o número 1. E o ranking é baseado em uma série de atividades que têm que ser cumpridas. Desde que fizeram o ranking eu estou nessa colocação.E por que sou o número 1? Porque sou amigo do fulano, cicrano, beltrano? Evidentemente que não.O número um é o que passa por várias provas e se classifica”, argumenta.

Aos 44 anos, Simon planeja encerrar a carreira no final de 2010. Após isso, já tem uma missão para cumprir. “Guardo um livro onde anoto todos os jogos dos meus 26 anos de carreira. Quero contabilizar os dados. Só sei que são mais de mil partidas”, conta orgulhoso.

Outros projetos também estão na gaveta do árbitro, que deixou a presidência do Sindicato gaúcho da categoria em 2009. Petista de carteirinha — é filiado desde 1986 —, ele não descarta seguir a carreira política. Virar comentarista de arbitragem pode ser também o destino. Ele é formado em jornalismo pela PUC-RS. “Já recebi o convite de uma rede nacional de televisão. Mas são coisas para o futuro. Agora quero focar no mundial”, finalizou o árbitro.

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