Tribunal esportivo interdita o estádio do Canindé por invasão de vestiário
   29 de agosto de 2009   │     0:05  │  0

Presidente da Lusa, Manoel da Lupa, já esperava punição
PRESIDENTE DA LUSA, MANOEL DA LUPA, JÁ ESPERAVA PUNIÇÃO

O vice-presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Virgílio Val, acatou na tarde de ontem, por volta das 17 horas, o pedido feito pelo procurador-geral do órgão, Paulo Schmitt, e interditou o estádio do Canindé, da Portuguesa.

O pedido foi feito depois da invasão do vestiário da Portuguesa por dois conselheiros do clube e dois seguranças armados na terça-feira, após derrota do clube –o episódio resultou no pedido de demissão do técnico René Simões.

Com a decisão, o jogo da Lusa contra o Figueirense, na próxima terça-feira, pelo Campeonato Brasileiro da Série B, não poderá ser realizado no Canindé.

Além da interdição, segundo o site “Justiça Desportiva”, a Portuguesa ainda será julgada no STJD.

Segundo Paulo Schmitt, o clube responderá por supostas infrações aos artigos 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização), que prevê multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil e interdição do local, e 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto), cuja pena inclui multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil e perda de um a dez mandos de campo.

Confusão

Na noite de terça-feira, a Portuguesa perdeu para o Vila Nova por 2 a 1, no Canindé, em jogo do Brasileiro da Série B. Após a partida, os conselheiros Antônio José Vaz Pinto, 46, e Vitor Manuel Macedo Diniz, 25, invadiram o vestiário.

Eles estavam acompanhados de dois seguranças armados, que a direção da Portuguesa identificou como policiais militares.

Segundo os relatos do jogador Edno e do técnico René Simões, que deixou o cargo, Vaz Pinto xingou os jogadores. “Em nenhum momento sacaram os revólveres”, disse Edno. “Mas ficaram o tempo todo com as mãos na cintura, segurando o cabo das armas, deixando claro que estavam ali para ameaçar.”

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