“Pensei que levaria um tiro”, afirma Edno
O meia-atacante Edno, da Portuguesa, afirmou que temeu por sua vida na noite da última terça-feira, quando dois conselheiros do clube e dois seguranças armados entraram no vestiário do Canindé para pressionar os jogadores da equipe.”A gente estava no vestiário, todo mundo nervoso porque tinha perdido o jogo [2 a 1 para o Vila Nova, no Canindé]. O time já tinha rezado, alguns já tinham tomado banho, outros estavam se vestindo. Do nada entraram, vieram direto em cima de mim, me xingando com palavras que tenho até vergonha de repetir”, disse o jogador.
“Eu ia reagir, ia para cima deles, não ia aguentar calado. Mas vi que estavam armados. Se a gente inventa de dar um tapa em alguém, toma um tiro na cara. Eu temi pela minha integridade.”
Após a derrota para o Vila Nova, válida pela Série B, os conselheiros Antônio José Vaz Pinto, 46, e Vitor Manuel Macedo Diniz, 25, invadiram o vestiário. Estavam acompanhados de dois seguranças armados, que a direção da Portuguesa identificou como policiais militares.
“Faz um tempo que estão me perseguindo. Já ligaram no meu celular, na minha casa, ameaçaram minha família. Sempre de número confidencial”, prosseguiu o jogador. “Quem fez isso não é humano, é bicho, e tem que ser enjaulado”.
13h28
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