Borges, se quiser, pode assinar um pré-contrato com qualquer outro clube
O São Paulo acostumou-se nos últimos anos a usar a lei a seu favor nas transferências de futebol. Foi só algum rival vacilar que o Tricolor ia lá e já oferecia um pré-contrato para determinado jogador. Foi assim, por exemplo, com Josué em 2004, pouco antes de chegar ao fim o vínculo do volante com o Goiás. A partir de hoje, porém, a lei pode jogar contra o time do Morumbi com alguns atletas. Bosco, Borges, Hugo e Washington, com vínculo até o último dia de 2009, podem assinar um pré-contrato com qualquer equipe do país ou do exterior.
Segundo a lei, seis meses antes de o contrato de qualquer atleta chegar ao fim, ele pode assinar um vínculo com um novo clube para a temporada seguinte. Neste caso, o clube anterior não recebe nenhuma quantia quando o atleta sair. Foi o que aconteceu com Josué, Mineiro, W. Diniz, Arouca, Marlos e Wagner Diniz quando chegaram ao Tricolor. A diretoria, atenta à situação contratual deles, já ofereceu um vínculo antes mesmo de o anterior terminar, como determina a lei.
Estes jogadores vieram de graça e a maioria brilhou no Morumbi. Mas, da mesma forma que o São Paulo se reforça, o clube também sofreu perdas importantes. Danilo, Fabão e Mineiro, campeões mundiais em 2005, foram embora sem a diretoria receber nada em troca, já que deixaram o Morumbi assim que seus contratos acabaram. O mesmo caminho pode ser seguido pelos atletas já citados.
– Na hora certa vamos avaliar a situação deles. Nós temos o interesse em mantê-los. O Borges já foi procurado para renovar, mas o procurador dele (Juan Figer) está na Europa e estamos aguardando o retorno. Depende deles também – disse o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes.
A diretoria está tranquila por enquanto. Os dirigentes não acham que estes jogadores podem trocar o São Paulo por outra equipe do país, apenas do exterior. Foi o que ocorreu com Mineiro, por exemplo, que deixou o clube no início de 2007 com o sonho de brilhar na Europa. Fabão e Danilo foram para o Japão. O primeiro retornou e está no Santos. O segundo segue no Oriente até agora.
– Difícil outro clube no país que ofereça melhores condições que as nossas. Nenhum desses assinou pré-contrato – avaliou o diretor tricolor.
