A descontração das quase cinco horas de viagem entre Uberaba e o Rio de Janeiro se transformou em abatimento assim que Fred desembarcou em solo carioca, se viu obrigado a caminhar e se deparou com a realidade: a lesão na coxa direita, sofrida na vitória por 2 a 0 sobre o time da casa, na última quarta, no Triângulo Mineiro, pela segunda fase da Copa do Brasil. Do Aeroporto Santos Dumont, o atacante seguiu diretamente para uma clínica para realizar exames no local, mas antes deixou transparecer preocupação e precaução com a situação.

Antes mesmo da existência de um diagnóstico, o ídolo do Fluminense praticamente vetou a si próprio para os jogos restantes da fase de classificação da Taça Rio e colocou o foco na reta final do Estadual.

– Não vai ser nada grave, não. Vamos pensar positivo, mas sem se precipitar. O pensamento é jogar a fase final do Carioca, se nós passarmos. É só um probleminha para dar a voltar por cima. Logo, logo vou voltar a ser importante para o Fluminense. Fred disse que não chegou a temer por uma lesão da gravidade da que sofreu no Brasileirão de 2009 e o afastou do gramado por três meses. Ainda assim, confessou que está assustado com a situação.

– Foi uma dor diferente. Foi menor. Dessa vez foi uma embolada mesmo. A expectativa é de que não seja nada grave, mas pelo que sinto abriu um pouquinho (o local da lesão). Continua incomodando. Fico assustado, triste.

Com sete gols, o camisa 9 é o artilheiro do Flu na temporada e, após desfalcar a equipe no início do ano por lesões no tornozelo e na panturrilha, realizava seu sexto jogo consecutivo em 2010. A interrupção desta série foi o que mais chateou o jogador.

Sem Fred, Cuca vai escolher entre Wellington Silva e André Lima para formar o ataque titular do Flu ao lado de Alan contra o Resende, domingo, às 17h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela quinta rodada da Taça Rio.

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Autor de um golaço de voleio pelo Fluminense diante do Botafogo no último domingo, Fred ficou mais confiante para voltar a disputar uma Copa do Mundo. O atacante, que marcou um gol pela seleção na Copa da Alemanha de 2006, apesar de ter figurado entre os reservas, ainda tem expectativas de ser chamado por Dunga para o Mundial da África do Sul.

– Todo jogador quer disputar essa Copa. Vai ser consequência do trabalho de cada um. Aqui no Brasil dá para fazer umas três seleções, com tanto jogador de qualidade que tem. Vai chegando a hora, vai ficando cada vez mais acirrada a disputa. O jogador tem que ir bem no clube para se destacar – diz, em entrevista ao programa “Arena SporTV”.

A esperança está viva no jogador, mas ele sabe que a ausência nas listas de Dunga nos últimos anos é um empecilho para sua convocação. Ele disputou sua última partida pela seleção brasileira em março de 2007, em um amistoso contra o Chile (4 a 0), na Suécia. Convocado para a Copa América do mesmo ano, ele foi cortado já na Venezuela por conta de uma fratura no pé direito.

– Acho que estou um pouco atrás, mas esse quadro pode ser revertido. Só peço para não me machucar. Se não me machucar, tenho chances de ir para a Copa. Mas na última Copa foi assim também comigo. Fui convocado já no final do prazo, jogando pelo Lyon – garante.

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