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Pivô da máfia do apito chama Corrêa de covarde e acusa indicações políticas
   11 de janeiro de 2009   │     0:04  │  0

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Banido do futebol, Edilson Pereira aproveita o momento para tirar sua “casquinha” de Sérgio Corrêa

Banido dos gramados após o caso da máfia do apito no Campeonato Brasileiro de 2005, Edílson Pereira de Carvalho fez duras críticas a Sérgio Corrêa, mandatário da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, após as denúncias contra seu nome e também acusou dois dos ex-companheiros de profissão envolvidos no novo escândalo de só integrarem o quadro da Fifa por motivos políticos.

De acordo com Edílson Pereira, Sérgio Corrêa teria convidado os árbitros Djalma Beltrami(RJ), Wagner Tardelli (SC) e Alício Pena Júnior (MG) a sair do quadro da Fifa com a suposta compensação financeira por não ter coragem de fazê-lo sem dar satisfações aos profissionais. Ele ainda chamou o presidente da Comissão de Arbitragem de “covarde” e disse que se fosse Ricardo Teixeira (presidente da CBF) demitiria Corrêa por “não ser um bom líder”.

“Ele [Sérgio Corrêa] foi covarde, pois queria excluir os três por incompetência e não tinha como se explicar. Mas ele é o chefe, não precisa se explicar pra ninguém. Se quiser alguém fora, tem o poder para isso e não precisa ficar oferecendo troca de escalas como fez para se justificar”, afirmou Edílson Pereira de Carvalho.

A confusão teve início quando o presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Rio de Janeiro (Coaf-RJ), Jorge Rabello, acusou Sérgio Corrêa de oferecer pagamentos pela saída de Tardelli, Beltrami e Pena Júnior do quadro da Fifa, além da garantia de que eles continuariam sendo escalados para apitar os principais jogos do futebol nacional e de trabalharem até 46 anos (o limite imposto é de 45).

Edílson Pereira foi além e criticou duramente as atuações de Djalma Beltrami e Alício Pena Júnior dentro de campo. Para o ex-árbitro, eles só entraram no quadro da Fifa por motivos políticos, pois não possuíam qualidade para apitar partidas importantes, segundo Edílson. Tardelli foi o único não criticado por ele.

“Os dois [Beltrami e Pena Júnior] não têm capacidade para serem árbitros Fifa. Só entraram porque precisavam de alguém de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Acho difícil, por exemplo, o Beltrami voltar a apitar. Na minha opinião, ele já está fora. Como ele é tenente e gosta de ter autoridade, não aceitou a proposta do Corrêa e contou tudo para o Rabello, mas acho difícil ele voltar”, comentou.

Edílson Pereira de Carvalho admitiu ter recebido R$ 15 mil reais fixos por jogo para direcionar resultados no Campeonato Brasileiro de 2005. Ele foi banido do futebol e acusado de fraude, conspiração e crimes contra a economia. Atualmente, o ex-árbitro vive com os ganhos de uma pizzaria na cidade natal, Jacareí.

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