Brasil e Espanha estão, respectivamente, nos grupos G e H do Mundial. Se uma das duas seleções ficar em primeiro em seu grupo e a outra, em segundo, vão se enfrentar nas oitavas, confronto que Cafu não gostaria que acontecesse.

Para o ex-lateral-direito, a Espanha é uma das favoritas ao título e, portanto, uma adversária a ser batida.

“Mas não só para o Brasil. A Espanha vai ser uma rival muito difícil para todos que tiverem que enfrentá-la. A seleção espanhola joga bem atrás, no meio de campo e perto da grande área. Acho que a equipe chegará muito bem ao Mundial (…)”, disse o brasileiro.

Por outro lado, Cafu destacou que “uma seleção que quer ganhar a Copa do Mundo tem que estar preparada para enfrentar qualquer adversário a qualquer momento”.

Sobre o Dunga, atual técnico do Brasil, o ex-jogador declarou que ele comanda a seleção de maneira “correta: dando privacidade, unindo o grupo e o mantendo o mais isolado possível, para que ninguém consiga interferir em seu trabalho e para que possa ter tranquilidade e treinar bem”.

Cafu está na África do Sul como convidado de honra para os atos que lembram os 100 dias que faltam para o início do Mundial, o que ele considerou “um privilégio e uma honra”.

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A chuva fina incomodava, a chuteira três números menor ainda mais. Mesmo assim, lá estava Cafu, feliz da vida, batendo bola com os jogadores da África do Sul a convite do técnico Carlos Alberto Parreira. Dentro do campo do estádio Moses Mabhida, em Durban, o mesmo que receberá Brasil e Portugal na Copa, parecia muito mais à vontade do que horas antes, quando participou de uma solenidade pelos 100 dias para a Copa (na contagem da Fifa).

– Preferi vir aqui do que ficar de bobeira no hotel. Posso ter a idade que for que a vontade de jogar bola nunca vai acabar. A chuteira está no número errado, mas isso nunca foi problema.

Lá na várzea também era assim, vinha 40, 41, 42, 43 e eu calçava do mesmo jeito. O importante é jogar – brincou ele, já com o calcanhar pra fora da chuteira.

Cafu completa 40 anos em junho, mas ainda não decidiu se vai parar de jogar futebol. Seu último clube foi o Milan, em 2008. Desde então, não atua profissionalmente, mas diz que analisa algumas propostas para voltar. E, se pintar uma vaguinha na seleção da África do Sul, ele está dentro.

– Vou mandar meu DVD para o Parreira para ver se ele aprova. Pelo treino de hoje acho que ainda dá pra mim – divertiu-se.

Bem-humorado, Parreira também fez elogios ao novo reforço. Mas depois contou que o convite a Cafu não foi apenas uma gentileza, mas uma forma de motivar seus jogadores.

– Disse ao meu time que o Cafu não é só um jogador de futebol, é um homem do mundo. Ele é o único a disputar três finais de Copa, tem um currículo maravilhoso, e mesmo assim continua humilde. Foi um cara que venceu na vida com muita persistência e acho que é um exemplo para todos nós – afirmou Parreira.

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