Depois de ter falado uma porção de bobagens, Buffon acabou admitindo que foi melhor a Itália sair para evitar novos vexames
“Itália, vergonha!” é o título dado pelo diário “Corriere dello Sport” depois da derrota no último domingo para o Brasil por 3 a 0, que eliminou a seleção italiana da Copa das Confederações.
A imprensa italiana não economizou críticas a sua seleção de “múmias”, como preferiu chamar, depois da derrota para o Egito, os vários jogadores com mais de 30 anos que formam a base da equipe de Marcello Lippi na Copa das Confederações.
“É possível dizer desastre?”, questiona o “Corriere dello Sport”, ao responder logo em seguida que “sim, se pode dizer”.
Para esse diário, se trata de uma derrota “humilhante” de “uma Itália grotesca”.
O comentarista Luigi Ferrajolo fala do “final de um ciclo” e assegura que entre a Itália e Espanha e Brasil existe “um abismo”.
A “Gazzetta dello Sport”, em sua capa, fala em “Derrubados”, e ilustra com uma foto do jogador Simone Pepe, da Udinese, de costas para o campo.
O diário diz que com o acontecimento “ridículo” se diz “adeus à Itália da Copa do Mundo”. Por isso, a um ano do Mundial da África do Sul, pede a renovação de “toda” a equipe.
Segundo o “Gazzetta dello Sport”, ainda há tempo “de reconstruir uma equipe capaz de defender o título de campeão do mundo”, sempre que Lippi tenha “a coragem de admitir que a defesa é o que mais preocupa” e que, em geral, “é necessário acelerar a inclusão de alguns jovens”.
“Lippi se confunde em não renovar a equipe na terceira partida em seis dias, e em particular se confunde ao escalar o inadmissível (Luca) Toni e (Vincenzo) Iaquinta juntos”, diz o diário milanês.
O “Corriere della Sera” se refere à seleção nacional como “Italietta”, um termo depreciativo, e diz que o Brasil “varreu”.
“As múmias azuis ficam imóveis no sarcófago”, diz o periódico, que também fala de “massacre”, de “martírio” e de “ilusão de óptica” de um Brasil com 15 jogadores.
Já o diário “La Repubblica” abre sua seção de esportes com referências a “Uma Itália de pesadelo” e destaca a “humilhação” e a necessidade de renovar a equipe. O jornal “Il Messaggero”, de Roma, fala de “naufrágio azul”.
O goleiro titular da seleção italiana, Gianluigi Buffon, assegurou após a partida que a eliminação foi “justa”. Para ele, foi melhor “ter evitado a Espanha”, já que “nas condições” em que a Itália está, poderia ter ocorrido “o ridículo”.