Ganhando muito e vivendo bem, Abel Braga fica mais dois anos nos Emirados Árabes
O técnico brasileiro Abel Braga, ex-Internacional, confirmou ontem que renovou o seu contrato por mais dois anos com o Al-Jazira, clube dos Emirados Árabes Unidos, e disse que se sente no “paraíso”.
Abel declarou também que pretendia ficar por apenas mais uma temporada nos Emirados Árabes, mas resolveu aceitar a proposta de dois anos de contrato.
“Estou muito feliz aqui e não tenho motivos para deixar o clube e o país. A qualidade de vida em Dubai é fantástica e me sinto no verdadeiro paraíso. Minha relação, tanto com dirigentes, quanto torcedores, é excelente”, declarou o técnico, por meio de sua assessoria de imprensa.
“Temos planos para dar sequência ao trabalho de médio a longo prazo no Al-Jazira, e vou trabalhar bastante para ajudar o clube a crescer cada vez mais”, disse.
Abel Braga confirma que dinheiro não é problema nos Emirados Árabes
SÃO PAULO – Em setembro de 2008, a crise econômica atingiu o mundo de uma maneira que nem mesmo o futebol escapou. Os clubes passaram a ter mais ‘cautela’ nas negociações por atletas. No entanto, em meio à instabilidade, existem exceções que continuam a investir, e muito, em seus projetos para o esporte. E os milionários que mais chamam atenção são os dos Emirados Árabes, baseados nas fortunas construídas com a ajuda do petróleo e ainda alheios ao clima de incerteza.
A recessão fez com que as negociações dentro do futebol se tornassem menos intensas na atual janela de transferência europeia. Com isso, até o momento, os clubes brasileiros conseguiram manter grande parte de seus melhores jogadores para a temporada. Os europeus, por sua vez, que geralmente não medem esforços para reforçar seus elencos no meio da temporada, têm mostrado muito mais paciência para negociar e contratar.
O Manchester City, entretanto, através do xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, se destaca entre o excesso de receio do mercado da bola. Nesta semana, o milionário, que comanda o Abu Dhabi United Group (ADUG), teve uma proposta astronômica por Kaká rechaçada pelo pentacampeão mundial. Um assessor do grupo assegurou que a proposta estava na casa dos 50 milhões de libras (R$ 169 milhões). Mas especulações na Europa falavam em uma proposta perto dos 100 milhões de libras (R$ 338 milhões).
De acordo com Abel Braga, que comanda o Al-Jazira, cujo dono também é o xeque Mansour, os valores são altos, mas a imagem de que o futebol dos Emirados Árabes envolve muito dinheiro é dimensionada. “Apenas quatro clubes investem de uma maneira mais forte no futebol daqui, até porque este é o primeiro ano de uma competição mais organizada, profissional. Estes times não deixaram de contratar por causa da crise. Eles já investiram o que deveriam para a temporada e agora realizam apenas as movimentações locais”, completa o treinador brasileiro.